Cazaquistão pede ajuda de Moscovo e seus aliados contra "terroristas"

O Presidente do Cazaquistão, Kassym-Yomart Tokaïev, pediu hoje a ajuda da Rússia e dos seus aliados para reprimir os tumultos em curso no seu país, obra, segundo ele, de "terroristas" treinados no estrangeiro.

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Lusa
05/01/2022 20:46 ‧ 05/01/2022 por Lusa

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Cazaquistão

"Pedi hoje aos chefes dos Estados da Organização do Tratado de Segurança Coletiva (OTSC) para ajudarem o Cazaquistão a vencer a ameaça terrorista", declarou na televisão estatal, acrescentando que "gangues terroristas" que "receberam treino intensivo no estrangeiro" estão à frente dos protestos.

O Cazaquistão é desde 02 de janeiro palco de protestos em várias cidades, que foram ganhando intensidade até se transformarem em violentos distúrbios que culminaram hoje na ocupação de vários edifícios governamentais e do aeroporto da cidade de Almaty e em mais de 500 feridos.

A contestação popular foi desencadeada pelo aumento dos preços do gás liquefeito, um dos combustíveis mais utilizados nos transportes do país, de 60 tengues por litro (0,12 euros) para o dobro, 120 tengues (0,24 euros).

Pelo menos oito membros da polícia e do exército foram mortos nos motins que abalam o Cazaquistão há vários dias, indicou o Ministério do Interior, citado pela imprensa local.

Segundo a mesma fonte, 317 membros da polícia e da Guarda Nacional foram feridos "pela multidão em fúria".

O chefe de Estado decretou hoje o estado de emergência em todo o território do país, depois de anteriormente o ter decretado apenas nas principais cidades onde decorrem os tumultos -- a atual capital, Nursultan, e a antiga, Almaty - e alertou de que tomará medidas severas contra os manifestantes violentos, após assumir a presidência do Conselho de Segurança do país.

Leia Também: Cazaquistão: Evolução política da "locomotiva económica" da Ásia central

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