O governo de Itália aprovou esta quarta-feira, por unanimidade a obrigatoriedade de vacinação dos maiores de 50 anos. A decisão faz parte de um pacote de medidas decididas para conter o aumento de casos de Covid-19 no país.
As medidas "querem preservar o bom funcionamento dos hospitais e, ao mesmo tempo, manter as escolas e empresas abertas", afirmou o primeiro-ministro Mario Draghi.
"Queremos travar o crescimento da curva de contágio e obrigar os italianos que ainda não se vacinaram a fazê-lo. Intervimos em particular nas faixas etárias com maior risco de hospitalização para reduzir a pressão sobre os hospitais e salvar vidas", acrescentou ainda.
Após uma reunião de cerca de duas horas e meia em que foi promulgado o decreto da vacinação, segundo dá conta o jornal italiano Corriere della Sera, foi também decidido que para os trabalhadores públicos e privados terem acesso ao local de trabalho será necessário ter o passe 'super verde'.
A obrigatoriedade de vacinação é ainda alargada aos funcionários de universidades, que são equiparados a funcionários escolares, independentemente da idade dos mesmos.
A medida entra em vigor no dia 1 de fevereiro, a partir do qual, se não tiver a vacinação contra a Covid, será sancionado. O decreto aplica-se a todos os residentes na Itália, incluindo cidadãos europeus e estrangeiros, e prevê exceções para os casos de "perigo constatado para a saúde, em relação a condições clínicas específicas documentadas, atestadas pelo médico geral ou pelo vacinador médico".
As multas serão de 100 euros para maiores de 50 anos não vacinados e 600 a 1500 euros para maiores de 50 anos que tenham comparecido ao trabalho sem o passe 'super verde', que implica a vacinação.
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