O míssil lançado na quarta-feira transportava uma "ogiva hipersónica" que "atingiu com precisão um alvo a 700 quilómetros de distância", de acordo com a agência oficial norte-coreana.
Trata-se da segunda vez que a Coreia do Norte realiza um lançamento de um míssil hipersónico, uma arma sofisticada que atesta os avanços da indústria de defesa de Pyongyang.
De acordo com militares sul-coreanos, Pyongyang disparou o que "se presume ser um míssil balístico" no Mar do Japão, a leste da península coreana, incidente que os serviços de informações sul-coreanos e norte-americanos estão a "analisar cuidadosamente".
O Governo japonês condenou, no mesmo dia, o lançamento de um míssil no Mar do Japão (conhecido como Mar Oriental nas duas Coreias) por parte da Coreia do Norte e disse que iria reforçar ainda mais os seus sistemas de monitorização.
"É extremamente lamentável que a Coreia do Norte tenha continuado a lançar mísseis desde o ano passado. O Governo irá reforçar ainda mais a vigilância", disse o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, numa conferência de imprensa.
Também os Estados Unidos condenaram hoje o lançamento pela Coreia do Norte de um projétil não identificado no mar, convocando Pyongyang para negociações.
"Este disparo viola várias resoluções do Conselho de Segurança da ONU e representa uma ameaça aos vizinhos da Coreia do Norte e à comunidade internacional", disse um porta-voz do Departamento de Estado norte-americano.
"Continuamos comprometidos com uma abordagem diplomática em relação à Coreia do Norte e pedimos que ela se comprometa no diálogo", acrescentou a mesma fonte.
O Governo do Presidente Joe Biden tem dito repetidamente que está aberto a negociações com a Coreia do Norte, mas Pyongyang rejeitou até agora as propostas de diálogo, acusando Washington de seguir políticas "hostis".
Leia Também: Guterres pede diplomacia após lançamento de projétil por Pyongyang