O membro mais pobre da União Europeia tem agora 6,52 milhões de habitantes, de acordo com as primeiras estimativas do recenseamento realizado em setembro e outubro de 2021, em comparação com os 7,35 milhões de 2011.
Este forte declínio deve-se à maior taxa de mortalidade na UE, num contexto de acentuado envelhecimento demográfico, mas também às muitas saídas para o estrangeiro, particularmente de jovens trabalhadores, explicou Serguei Tsvetarski, diretor do instituto, em declarações à imprensa.
Os maiores de 65 anos representam quase um quarto da população, em comparação com 18,5% há dez anos.
Tal como noutros países ex-comunistas, os búlgaros emigraram em massa após a transição democrática de 1989, um movimento ainda mais amplificado com a adesão à União Europeia, em 2007.
Embora o país tivesse quase nove milhões de habitantes no final do comunismo, em 1992 esse número desceu para 8,5, em 2011 para 7,9 milhões e no final dos anos 2010 ficou abaixo dos sete milhões, o que o torna num dos campeões mundiais do despovoamento.
A população é agora comparável à de 1934, de acordo com Tsvetarski, citado pelo portal de notícias Dnevnik.
Os censos, cujos dados finais serão publicados em meados de 2022, mostram também um despovoamento rural contínuo, especialmente na empobrecida região noroeste.
A capital, Sofia, com 1,5 milhões de habitantes, é a única grande cidade a ganhar habitantes (14,7% durante o período do recenseamento).
Leia Também: Acordo de coligação na Bulgária põe termo a crise política