O número de crianças internadas em hospitais norte-americanos quase triplicou nas últimas duas semanas, como resultado da disseminação da variante Ómicron do coronavírus SARS-CoV-2, revelou aquele departamento.
O anterior máximo para hospitalizações de crianças em apenas um dia tinha sido registado durante o pico da variante Delta, no verão de 2021, quando foram internados quase 400 menores em 24 horas.
Atualmente, estão internadas no total mais de 3.100 crianças com covid-19, noticiou a agência EFE.
Segundo a Academia de Pediatria dos Estados Unidos, em 29 de dezembro 6,5 milhões de crianças entre os 5 e 11 anos tinham recebido pelo menos uma dose de vacina contra a covid-19, o que representava 23% do total.
Entre adolescentes dos 12 aos 17 anos, o número de vacinados com uma dose era de 15,6 milhões, 62% do total, enquanto 53% (13,1 milhões) tinham o esquema vacinal completo.
Cerca de 9,5 milhões de crianças entre 12 e 17 anos ainda não tinham recebido qualquer dose de vacina.
Nos Estados Unidos, a população com menos de 18 anos é estimada em 72,8 milhões de pessoas, 22% da população do país.
O aumento de hospitalizações entre esta população coincide com o regresso às aulas após a pausa para o período festivo e nos últimos dias as autoridades norte-americanas tomaram medidas na tentativa de aumentar a proteção dos menores.
Na segunda-feira, a Agência Norte-Americana dos Medicamentos (FDA) aprovou o uso de uma dose de reforço da vacina da Pfizer para crianças entre os 12 e 15 anos.
Já na quarta-feira, uma comissão consultiva para práticas de imunização (ACIP), órgão independente dos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC), recomendou a administração de uma dose de reforço da Pfizer para jovens entre os 12 e 17 anos.
Cerca de cinco milhões de adolescentes, entre os 12 e 15 anos, estão aptos a receber a dose de reforço, pois já completaram o período mínimo de cinco meses desde que concluíram o esquema vacinal contra a covid-19.
A covid-19 provocou 5.456.207 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em diversos países.
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