"Estamos a ser confrontados com uma vaga [do novo coronavírus] que circula com uma grande velocidade com esta nova variante e, com todas as restrições, tentamos manter a escola aberta, sem, é claro, tornar obrigatória a vacinação para as crianças mais pequenas. O que precisamos todos é de paciência, compreensão e pragmatismo", pediu o Presidente da República francês, em conferência de imprensa.
O líder francês reuniu-se hoje no Palácio do Eliseu com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, de forma a alinhar as prioridades da França na presidência do Conselho da União Europeia, que assumiu no início de janeiro, com as das diferentes instituições europeias.
O Presidente admitiu hoje que "não há sistema perfeito", quando questionado sobre o novo protocolo nas escolas francesas apresentado na noite de segunda-feira pelo primeiro-ministro Jean Castex, que veio definir a regra de três autotestes e já começou a ser aplicado esta manhã, com muitas críticas por parte de professores e pais dos alunos.
"Eu sei o que estamos a pedir aos professores, aos pais e tentamos fazer o melhor possível. Não há sistema perfeito contra este vírus. Sei que as pessoas estão enervadas, mas as nossas crianças e os nossos adolescentes são a coisa mais importante para todos nós", defendeu.
Mesmo com a apresentação de um protocolo sanitário simplificado, os professores prometeram manter a greve de 13 de janeiro.
Esta mobilização já conta com 75% de adesão dos professores das escolas primárias em todo o país, com os pais a juntarem-se também às centenas de manifestações que vão acontecer em França.
A covid-19 provocou 5.494.101 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 19.161 pessoas e foram contabilizados 1.693.398 casos de infeção, segundo a última atualização da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, em novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países, sendo dominante em Portugal.
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