Capitólio. Líder de grupo de extrema-direita fica em prisão preventiva

O fundador e líder dos Oath Keepers, um dos principais grupos de extrema-direita dos Estados Unidos, detido pelo seu papel no ataque ao Capitólio, vai permanecer em prisão preventiva, ordenou na sexta-feira um tribunal do Texas.

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Lusa
15/01/2022 06:12 ‧ 15/01/2022 por Lusa

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Capitólio

A juíza Kimberly Priest Johnson ordenou que Rhodes vai ficar na prisão até comparecer novamente em tribunal para uma audiência de detenção na próxima quinta-feira, em Plano, um subúrbio de Dallas.

Após a audiência, os advogados de defesa disseram que Rhodes se declarou inocente e tenciona contestar as acusações de que é alvo, segundo a agência de notícias Associated Press.

Os advogados Phillip Linder e James Lee Bright disseram que Rhodes não tem antecedentes criminais, não tem passaporte e não é um risco de fuga, pelo que deve ser libertado.

Stewart Rhodes, 56 anos, e 10 outros membros do grupo de extrema-direita foram indiciados na quarta-feira por insurreição.

Esta é a acusação mais grave até ao momento contra os participantes no ataque à sede do Congresso, em 06 de janeiro de 2021, quando o Senado validava a vitória do democrata Joe Biden nas eleições presidenciais.

Nove dos membros do Oath Keepers já tinham sido detidos e acusados por conspiração criminosa para interferir num processo oficial ou por violência, o que inclui o reconhecimento de algum grau de coordenação.

O líder do grupo, acusado de insurreição, enfrenta a possibilidade de ser condenado por um crime punível com 20 anos de prisão.

De acordo com a acusação, Stewart Rhodes associou-se a alguns dos seus corréus "com o objetivo de impedir a transferência pacífica do poder", em particular "através da violência".

"Eles organizaram o transporte de pessoas de todo o país até Washington, muniram-se de todo o tipo de armas, vestiram-se com equipamento de combate e estavam prontos para responder aos apelos às armas de Rhodes", segundo a acusação.

No momento do ataque, Stewart Rhodes, um ex-soldado que fundou os Oath Keepers em 2009, estava perto do Capitólio, mas não ficou claro, na investigação, se ele chegou a entrar no edifício.

No ataque à sede do Congresso morreram quatro pessoas.

Leia Também: Líder republicano da câmara baixa recusa cooperar com inquérito

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