A administração do Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, "aprovou no mês passado uma provisão de 200 milhões de dólares de ajuda suplementar - para as áreas da defesa e segurança - aos nossos parceiros ucranianos", revelou, em declarações à agência France-Presse (AFP), um alto responsável norte-americano, no mesmo dia em que decorre uma visita do secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, à capital ucraniana, Kiev.
O secretário de Estado norte-americano está hoje na Ucrânia para demonstrar o apoio dos EUA a Kiev, perante os receios de uma potencial ofensiva russa.
Blinken -- que estará com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na capital ucraniana -- deverá "reforçar o compromisso dos EUA com a soberania e a integridade territorial da Ucrânia", afirmou, na terça-feira, um porta-voz do Departamento de Estado.
Antony Blinken também se deslocará a Berlim, na quinta-feira, para conversas com o Reino Unido, França e Alemanha sobre a situação ucraniana.
As quatro potências transatlânticas discutirão "esforços conjuntos para impedir novas agressões russas à Ucrânia, incluindo a prontidão dos aliados e parceiros para impor consequências massivas e custos económicos significativos à Rússia", referiu a mesma fonte.
Paralelamente, na terça-feira, a Aliança Atlântica decidiu reforçar as patrulhas aéreas sobre os países bálticos, com mais quatro caças dinamarqueses, num contexto de escalada de tensões com a Rússia devido ao reforço militar deste país junto às fronteiras da Ucrânia.
"Saudamos a decisão da Dinamarca de oferecer aviões de combate adicionais à missão de vigilância aérea da NATO nos países bálticos", disse em comunicado o porta-voz adjunto da NATO, Piers Cazalet, numa referência à Estónia, Letónia e Lituânia, ex-repúblicas soviéticas e atuais membros da organização militar.
Na véspera da visita a Kiev, Blinken defendeu uma "via diplomática" para encerrar a crise entre a Rússia e a Ucrânia, durante um telefonema com o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov.
Também na terça-feira, foi confirmado para sexta-feira um novo encontro dos chefes da diplomacia de Washington e Moscovo.
Estas discussões surgem num contexto de fortes tensões em torno da Ucrânia, com Kiev e os seus aliados ocidentais e acusarem a Rússia de uma concentração massiva de tropas junto à fronteira comum na perspetiva de uma eventual invasão.
A Rússia tem desmentido qualquer intenção bélica, mas formulou diversas exigências, que se destinam a garantir a sua própria "segurança".
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