Os palestinianos devem "intensificar a sua peregrinação à mesquita de Al-Aqsa, encher os seus pátios de devoção religiosa e isolamento, não se submeter às medidas e às restrições da ocupação [israelita] e continuar a proteger Al-Aqsa da profanação dos colonos e dos planos sistemáticos de judaização", afirmou o grupo palestiniano na rede social Telegram.
Há pouco mais de uma semana, o Gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, anunciou em comunicado que apenas um "número limitado de fiéis muçulmanos" poderão entrar no seu território e cruzá-lo até Jerusalém, mas não haverá restrições para os cidadãos árabes-israelitas [maioritariamente palestinianos que permaneceram no que se tornou o território de Israel após a guerra de 1948].
Entretanto, na Cisjordânia - região palestiniana ocupada por Israel desde 1967 -, apenas os homens com mais de 55 anos, as mulheres com mais de 50 anos e as crianças até aos 12 anos poderão atravessar os postos de controlo.
"As práticas de ocupação [israelita] contra a nossa terra, os nossos locais sagrados e o nosso povo e os crescentes abusos a que os habitantes de Jerusalém são sujeitos --- particularmente durante o mês do Ramadão, enquanto os colonos têm liberdade para realizar novas incursões --- exigem uma postura islâmica firme", continuou o Hamas.
Apesar das restrições, cerca de 100.000 muçulmanos compareceram às orações em Al-Aqsa na noite passada, no 13.º dia do mês sagrado do Ramadão, de acordo com dados do Departamento de Dotações Islâmicas de Jerusalém.
A Esplanada das Mesquitas, onde está localizada Al-Aqsa, é o terceiro local mais sagrado do Islão, a seguir a Meca e Medina.
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