Rússia recusa cessar-fogo: "Nada mais do que uma pausa para a Ucrânia"

Segundo Yuri Ushakov, conselheiro de Vladimir Putin, a posição da Rússia já foi transmitida a Mike Waltz, conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca.

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© EVGENIA NOVOZHENINA/POOL/AFP via Getty Images

Notícias ao Minuto
13/03/2025 11:44 ‧ há 3 horas por Notícias ao Minuto

Mundo

Guerra na Ucrânia

O conselheiro presidencial russo Yuri Ushakov confirmou, esta quinta-feira, que a Rússia não irá aceitar a proposta dos Estados Unidos para um cessar-fogo na Ucrânia por considerar que "não é mais do que uma pausa temporária para os militares ucranianos".

 

Segundo o responsável, em entrevista ao canal estatal Russia-1, a posição da Rússia já foi transmitida a Mike Waltz, conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca.

"A nossa posição foi definida com base no facto de que isto não é mais do que uma pausa temporária para os militares ucranianos", disse o conselheiro do presidente russo, Vladimir Putin.

"Acreditamos que o nosso objetivo continua a ser uma solução pacífica a longo prazo, estamos a lutar por isso, uma solução pacífica que tenha em conta os interesses legítimos da nossa parte, as nossas preocupações são conhecidas. Estas são algumas medidas que imitam ações pacíficas, que me parece que ninguém precisa nesta situação", acrescentou, citado pela agência de notícias russa TASS.

Na terça-feira, a Ucrânia aceitou uma proposta dos Estados Unidos para um cessar-fogo de 30 dias com a Rússia, ao mesmo tempo que Washington levantou a suspensão da ajuda militar a Kyiv.

Um comunicado conjunto referia que os Estados Unidos iriam comunicar às autoridades de Moscovo "que a reciprocidade russa é fundamental para alcançar a paz".

O cessar-fogo previa medidas humanitárias como "a troca de prisioneiros de guerra, a libertação de civis detidos e o regresso de crianças ucranianas transferidas à força" para territórios sob controlo russo ou para a Federação Russa.

Recorde-se que a Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.  

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kyiv têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.

[Notícia atualizada às 11h59]

Leia Também: Vestido à militar, Putin visita Kursk pela primeira vez. E há imagens

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