Forças russas cercam Kursk. Putin pretende "derrotar o inimigo"

O presidente terá assegurado que os soldados ucranianos capturados serão tratados como terroristas.

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Daniela Filipe
12/03/2025 19:31 ‧ há 5 horas por Daniela Filipe

Mundo

Ucrânia/Rússia

O presidente russo, Vladimir Putin, deu conta de que pretende derrotar as Forças Armadas Ucranianas na região de Kursk "o mais rápido possível", numa altura em que as tropas da Federação Russa já terão cercado e isolado a cidade, esta quarta-feira.

 

"De facto, a nossa tarefa no futuro próximo é, no mais curto espaço de tempo possível, derrotar finalmente o inimigo entrincheirado no território da região de Kursk e que luta aqui", disse o chefe de Estado russo, citado pela agência Tass, na primeira visita à região desde a incursão das forças ucranianas.

Além disso, o chefe do Estado Maior russo, Valery Gerasimov, comunicou ao presidente que as tropas ucranianas em Kursk estavam cercadas e isoladas, segundo a Sky News.

O responsável adiantou também que foram capturados 430 soldados ucranianos que, segundo disse Putin, deverão ser "tratados como terroristas, de acordo com as leis da Federação Russa". 

O chefe de Estado sugeriu ainda que os militares ucranianos podem ser julgados em tribunais russos e ficar presos durante décadas.

Entretanto, o comandante-chefe do exército ucraniano, Oleksandr Syrskyi, assegurou que as suas tropas continuarão a operação em Kursk "enquanto for apropriado e necessário", além de ter indicado que os combates continuam na cidade de Sudzha e nos seus arredores.

"O inimigo está a utilizar unidades de assalto de tropas aerotransportadas e forças de operações especiais para romper as nossas defesas, empurrar as nossas tropas para fora da região de Kursk  e transferir as operações de combate para o território das regiões de Sumy e Kharkiv. Tentando alcançar objetivos políticos a qualquer custo, o inimigo já sofreu e continua a sofrer perdas significativas na região de Kursk", escreveu, na rede social Facebook.

O responsável detalhou que "a aviação russa efetuou um número sem precedentes de ataques no território da sua própria região", sendo que, devido aos "ataques aéreos à cidade de Sudzha, esta povoação foi quase completamente destruída".

"Na situação mais difícil, a minha prioridade foi e continua a ser salvar as vidas dos soldados ucranianos, pelo que as unidades das Forças de Defesa, se necessário, manobram para posições mais favoráveis. Em primeiro lugar, é utilizada a componente não tripulada e o poder de fogo da artilharia. Dei todas as ordens necessárias para o efeito", disse, ao mesmo tempo que indicou que foram repelidos oito ataques desde as 18h00.

Recorde-se que a Ucrânia controla, desde agosto, uma pequena parte desta região russa, que espera usar como moeda de troca em possíveis conversações de paz com Moscovo. Contudo, as tropas ucranianas têm vindo a perder terreno nos últimos dias.

Já na terça-feira, o exército russo tinha dado conta da recaptura de 12 cidades na região de Kursk e "mais de 100 quilómetros quadrados", na sequência de novos avanços no fim de semana.

O anúncio foi feito um dia depois das negociações entre os Estados Unidos e a Ucrânia, na Arábia Saudita, durante as quais Kyiv aceitou uma proposta de cessar-fogo de 30 dias.

[Notícia atualizada às 20h01]

Leia Também: Ucrânia aceita cessar-fogo, falta Rússia responder. Que prevê o acordo?

 

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