A agência oficial palestiniana WAFA noticiou que depois de os colonos terem atacado a propriedade pertencente a pelo menos três palestinianos, soldados israelitas invadiram a aldeia e dispararam balas, gás lacrimogéneo e bombas sonoras contra os residentes que tentavam apagar as chamas.
O diário israelita Haaretz noticiou que terão sido queimadas cinco casas e culpou os colonos do posto avançado (colonato ilegal) de Havat Gilad.
O exército israelita disse à agência espanhola EFE, dando crédito à versão dos colonos, que os palestinianos tinham anteriormente tentado roubar ovelhas do posto avançado, o que levou os colonos a atacar a aldeia.
"Ontem [quinta-feira] à noite, foi recebida uma denúncia de que vários palestinianos tentaram roubar um rebanho pertencente a civis israelitas perto de Khirbet al Marajim", disse o exército num comunicado, sem fornecer provas.
"Posteriormente, foi recebida uma denúncia de vários civis israelitas [colonos] mascarados que entraram em Khirbet al Marajim e incendiaram uma propriedade", afirmou.
O exército acrescentou que dispersou os envolvidos, sem dar mais pormenores, e que não tinha registo de feridos.
De acordo com a organização não-governamental israelita "Looking the Occupation in the Eye", os ataques de colonos e soldados na Cisjordânia ocupada aumentaram 30% desde o início de 2025.
Entre 04 e 10 de março, o Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU (OCHA) documentou 16 incidentes envolvendo colonos israelitas que resultaram em ferimentos, danos materiais ou ambos.
Também registou o roubo de 1.400 cabeças de gado e o abate de 12 cabras na comunidade beduína de Ras Ein al Auja, em Jericó.
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