EUA. Dois juízes tentam acalmar polémica sobre uso da máscara no Supremo

Dois Juízes do Supremo Tribunal dos EUA tentaram hoje apaziguar as controvérsias em torno do uso da máscara dentro da instituição, expondo a sua amizade num raro comunicado conjunto, "mesmo discordando em questões legais".

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Lusa
20/01/2022 06:29 ‧ 20/01/2022 por Lusa

Mundo

Covid-19

"As cláusulas que a juíza Sotomayor pediu ao juiz Gorsuch para usar uma máscara surpreenderam-nos. São falsas", escreveram num pequeno texto.

Desde a semana passada, o juiz conservador Neil Gorsuch é o único dos nove magistrados do Supremo Tribunal a não cobrir a face durante as audiências, apesar do aumento de contaminação por covid-19 em Washington, devido à variante Ómicron.

Por sua vez, a progressista Sonia Sotomayor, que tem diabetes e, portanto, é mais vulnerável ao vírus, nunca retirou a máscara e, desde o início do ano letivo em janeiro, participa nas audiências através de áudio, no escritório.

Por consideração à magistrada, o presidente do Supremo Tribunal, John Roberts, pediu a todos os juízes -- que não receberam as três doses da vacina contra a covid-19 -- que usassem máscara, mas Neil Gorsuch terá recusado, segundo divulgou hoje a rádio pública norte-americana NPR.

A utilização da máscara é um marco político muito forte nos Estados Unidos, onde a obrigação de cobrir a cara, vigente em determinados locais, é considerada uma violação das liberdades individuais por grande parte da direita.

Os magistrados do Supremo Tribunal gostam de referir que estão acima das lutas políticas e insistem na colegialidade do seu trabalho, mas, no entanto, estão a ter mais dificuldade em esconder as profundas diferenças entre a sólida maioria direita (seis juízes) e a minoria de esquerda (três).

Leia Também: Empresas: Supremo dos EUA bloqueia decisão de Biden de obrigar vacinação

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