O estado de emergência, que se prolongará por dois meses, foi aprovado por 58 dos 101 deputados.
Na sua intervenção no parlamento, a primeira-ministra Natalia Gavrilita defendeu a necessidade de tomar medidas extremas para garantir o fornecimento aos consumidores, o que pode implicar o desvio para as habitações de parte do gás importado da indústria.
Gavrilita indicou que o preço do gás aumentou de 450 para 646 dólares (397 para 570 euros) por cada mil metros cúbicos, o que provocou uma dívida de 25 milhões de dólares (22 milhões de euros) na Moldovgaz.
Esta empresa estatal pagou o gás fornecido em dezembro, mas não conseguiu garantir os prazos de pagamento estabelecidos para janeiro, o que provocou a ameaça da Gazprom.
As autoridades de Chisinau sugeriram garantir um pronto pagamento de 38 milhões de dólares (33,5 milhões de euros) e os restantes 25 milhões de dólares para mais tarde, mas a Grazprom recusou a oferta.
Horas após o parlamento ter declarado o estado de emergência, o Governo anunciou o pagamento do gás à Rússia pelo primeiro mês do ano.
O Governo moldavo lamenta a negativa da Gazprom em aceitar o adiamento do pagamento, e assinalou que a empresa russa "nunca tinha antes insistido em pagamentos urgentes e aceitava moratórias durante o período do inverno, que se iam resolvendo à medida que se reduzia o consumo de gás".
Em outubro de 2021 a Moldávia já tinha declarado o estado de emergência após a Gazprom ter anunciado que fecharia a torneira do gás em dezembro, caso o país não saldasse totalmente uma dívida que ascendia a 709 milhões de dólares (625 milhões de euros).
No final de outubro as suas partes assinaram um novo contrato por um período de cinco anos, após a União Europeia ter acusado Moscovo de utilizar o gás como arma geopolítica devido à política europeísta da Presidente Maia Sandu.
Um ponto decisivo do acordo consiste em pagar o custo do gás consumido no mês anterior, e ainda metade do volume consumido no mês em curso, o mais tardar até ao dia 20 de cada mês.
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