Na Nova Zelândia, a tática para manter a pandemia sobre controlo sempre foi apertar as regras ao máximo antes que haja um número descontrolado de casos. E, agora, não é exceção.
A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, revelou no domingo que cancelou o seu casamento e decidiu colocar o país em "alerta vermelho" perante o crescimento de casos no país causado pela variante Ómicron.
Ardern disse numa conferência de imprensa que as autoridades de saúde relataram nove casos de Ómicron em Motueka numa família que tinha viajado para Auckland. Essa família foi a um casamento, um funeral, um parque de diversões e uma atração turística no último fim de semana.
Estes nove casos, que circularam em vários eventos com muitas pessoas, levaram o país a ficar em "alerta vermelho".
"O meu casamento não vai acontecer, mas me junto a muitos outros neozelandeses que tiveram uma experiência como esta como resultado da pandemia", explicou a primeira-ministra.
Já em dezembro, a Nova Zelândia adiou a reabertura gradual da fronteira até o final de fevereiro devido a preocupações relacionadas com a variante Ómicron.
O Governo de Jacinda Ardern vai impor, a partir da meia-noite (hora local) de hoje, regras mais rígidas sobre o uso de máscara, bem como a limitação de pessoas em eventos, devido ao aparecimento de um surto de nove casos da variante Ómicron após um casamento.
Bares, restaurantes e eventos como casamentos terão uma afluência máxima de 100 pessoas (25 se não for exigido o certificado covid), o que obrigou a própria primeira-ministra a cancelar a sua festa de matrimónio.
Nesta altura, 94% dos neozelandeses com mais de 12 anos já receberam duas doses de vacinas contra a covid-19, enquanto 56% receberam uma terceira dose de reforço.
A covid-19 provocou pelo menos 5,57 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
Uma nova variante, a Ómicron, classificada como preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral e, desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta em novembro, tornou-se dominante em vários países, incluindo em Portugal.
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