O Ministério Público espanhol pediu 51 anos de prisão para os líderes do grupo terrorista Resistência Galega, que tinham como objetivo conseguir a independência da Galiza e de uma parte do norte de Portugal.
Segundo o Ministério Público, Antón García Matos ("Toninho") e Asunción Losada Camba, detidos em 2019 em Vigo, "justificavam o uso da violência contra pessoas e bens como único meio de atingir os seus objetivos".
Os promotores pediram ainda 12 anos de prisão para outros dois supostos membros desta organização terrorista, que começam a ser julgados esta segunda-feira.
Em novembro de 2015, foi realizada uma operação policial com o objetivo de desmantelar a organização, mas Antón García Matos e Asunción Losada Camba acabaram por ficar em liberdade, período em que aproveitaram para fugir para Portugal.
Em 2020, a Polícia Judiciária portuguesa desativou, em Coimbra, a base logística do grupo independentista, onde apreendeu "um importante" espólio de material usado nas atividades da organização.
"Este grupo independentista foi responsável, entre 2005 e 2011, por mais de 35 ataques com explosivos, em diferentes zonas de Espanha", informou, na altura, a PJ.
As ações do grupo provocaram "avultados danos materiais em diversos edifícios públicos e privados", tais como sedes de partidos políticos e agências bancárias, causando "enorme alarme social", de acordo com a mesma fonte.
A Resistência Galega, em 2014, foi considerada pelo Supremo Tribunal de Justiça espanhol um grupo terrorista.
Desde 2006 que os líderes da organização viviam na clandestinidade, tendo sido detidos pelas autoridades espanholas em junho de 2019.
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