"A obrigatoriedade [de vacinação] e as liberdades não são compatíveis. Como a água e o azeite", declarou um orador nas marchas do Lincoln Memorial, o imponente edifício de mármore branco dedicado ao 16.º Presidente dos Estados Unidos.
"Respirem, inspirem Deus, expirem o medo", exortou outro, aplaudido pela multidão de manifestantes sem máscara e, por vezes, acompanhados de crianças.
"Não sou contra as vacinas, mas sou contra esta vacina", disse à agência noticiosa francesa AFP Michelle, uma fisioterapeuta de 61 anos residente no estado da Virgínia, que preferiu não fornecer o apelido e considera as vacinas com RNA mensageiro "demasiado experimentais" e "apressadas".
Depois de ter feito um intervalo na entrevista para poder cantar o hino nacional com o resto dos manifestantes, de mão no peito, Michelle explica que recusou a vacina e beneficiou de uma isenção religiosa. Mas, para continuar a trabalhar em Washington, tem de fazer um teste todas as semanas.
Para seu grande pesar, o filho, inicialmente hesitante, acabou por ser vacinado, devido a "tanta pressão dos seus amigos", lamentou.
Por sua vez, Therese, categoricamente contra as vacinas -- todas as vacinas -- explica que se deslocou de autocarro do estado do Michigan, no norte dos Estados Unidos, para protestar contra o atentado às liberdades dos cidadãos que a vacinação obrigatória constitui.
Os manifestantes empunharam cartazes com inscrições como "O corpo é meu, a escolha é minha" ou "Deus é o nosso protetor e ele derrotará Golias". Cartazes contra o atual Presidente norte-americano, o democrata Joe Biden, por entre algumas bandeiras estampadas com o nome do seu antecessor, o republicano Donald Trump marcaram também a manifestação.
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