Dificilmente hoje haverá um resultado claro, uma vez que os partidos não chegaram a acordo e é muito provável que a maioria dos deputados vote em branco, à espera de receber indicações das suas formações para os próximos dias.
Na sessão conjunta de hoje, deputados, senadores e delegados regionais vão votar em grupos de cinquenta, para evitar infeções por coronavírus, pelo que o processo deverá durar várias horas.
Nas três primeiras votações é necessário o apoio de dois terços dos 1.009 eleitores, enquanto a partir dai é suficiente a maioria absoluta para escolher um candidato para suceder a Mattarella, cujo mandato termina a 03 de fevereiro.
Embora não haja candidaturas formais ao cargo, os partidos tendem a negociar para tentar encontrar um candidato comum, o que aconteceu também desta vez.
Existe uma aliança para encontrar um candidato entre três formações que têm 405 eleitores -- o Movimento 5 Estrelas (M5S), o Partido Democrata (PD) e o progressista Artigo Um -- que poderá ainda vir a contar com mais forças políticas, como o partido de Matteo Renzi, Itália Viva.
O Bloco de direita, formado pelo conservador Força Itália, a Liga e os Irmãos de Itália, reivindica o direito de escolher o sucessor de Mattarella, porque tem maior representatividade parlamentar, mas os seus 454 eleitores não são suficientes.
O ex-primeiro-ministro conservador Silvio Berlusconi contaria com o apoio do bloco da direita e extrema-direita, mas acabou por se retirar da corrida no sábado.
Um dos nomes mais apontados é o do atual primeiro-ministro, Mario Draghi, uma figura consensual, mas essa alternativa implicaria procurar um substituto para chefiar o governo de coligação, o que poderá complicar a eleição do economista, segundo os analistas.
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