Um estudo recente veio mostrar que uma terceira dose de reforço de uma vacina contra a Covid-19 da AstraZeneca, da Pfizer-BioNTech ou da Johnson & Johnson aumenta significantemente os níveis de anticorpos dos indivíduos que receberam, anteriormente, duas doses da vacina desenvolvida pela companhia chinesa Sinovac Biotech, a CoronaVac.
O estudo, citado pela Reuters, veio mostrar que tal conclusão também é válida para os casos das variantes Delta e Ómicron do SARS-CoV-2, avançaram esta segunda-feira investigadores do Brasil e da Universidade de Oxford responsáveis pelo projeto.
"Este estudo fornece opções importantes para os decisores políticos nos muitos países onde as vacinas que recorrem ao vírus inativado [...] foram utilizadas", refere Andrew Pollard, diretor do Oxford Vaccine Group e líder do estudo.
A investigação veio ainda mostrar que a administração de uma terceira dose desta vacina da Sinovac também provoca um aumento dos anticorpos nos indivíduos, embora os resultados tenham sido melhores quando se recorreu a uma vacina de outra marca.
O estudo surge, no entanto, depois de uma outra pesquisa divulgada em dezembro ter mostrado que duas doses da Sinovac, associada a uma dose de reforço da vacina da Pfizer-BioNTech, provocam uma resposta imunitária inferior contra a variante Ómicron, em comparação com outras estirpes do vírus.
A CoronaVac é uma vacina que tem na sua base uma versão inativada de uma estirpe deste novo coronavírus, a qual foi isolada de um paciente na China. Esta vacina está já aprovada em mais de 50 países, nomeadamente na China, no Brasil e na África do Sul.
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