OMS corrige dados de vacinação após pedido da Guiné-Bissau

A Organização Mundial da Saúde corrigiu os dados de vacinação sobre a Guiné-Bissau, após um pedido das autoridades guineenses, mas esclareceu que considera a população total na sua análise e que só utiliza números disponibilizados pelo país.

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Lusa
25/01/2022 14:24 ‧ 25/01/2022 por Lusa

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Covid-19

 

"É de notar que esta organização não dispõe de dados próprios, mas sim recebe os dados dos países, analisa-os e partilha a nível global. Em caso de erros, as correções deverão ser feitas a nível dos países concernentes, onde os gestores de dados têm livre acesso para inserir os dados na plataforma", referiu, em comunicado, aquela agência da ONU.

O Alto-Comissariado para a Covid-19 da Guiné-Bissau pediu na semana passada à OMS para corrigir os dados referentes à vacinação do país, considerando como uma "discrepância gritante" os números divulgados pela agência da ONU.

A OMS referia na sua página na Internet que a taxa de cobertura da vacinação contra a covid-19 na Guiné-Bissau era de 1,2%.

Os dados do alto-comissariado indicam que a taxa de cobertura de vacinação da população alvo, constituída por maiores de 18 anos, que se encontra totalmente vacinada, é de 38%, enquanto a população alvo a que foi administrada pelo menos uma dose da vacina é de 57%.

A Guiné-Bissau, com cerca de dois milhões de habitantes, pretende vacinar até 638.147 pessoas com 18 anos ou mais em todo o território nacional para que seja atingido o objetivo de vacinar 70% da população.

???"A OMS, com o intuito de acompanhar os países na busca de coberturas vacinais conducentes ao alcance da imunidade coletiva, na sua análise de dados, considera a população total", explicou a agência da ONU.

"Com base neste princípio epidemiológico, os dados acima referidos dariam uma cobertura vacinal de 13% e não 38%, pois não são comparáveis por se basearem em denominadores diferentes, mas, devido algum atraso verificado na atualização da plataforma, registou-se 1,2%, o que já está ultrapassado", salientou a OMS.

A organização referiu também que vai reforçar o apoio à gestão de dados do Serviço de Imunização e Vigilância Epidemiológica da Guiné-Bissau, nomeadamente as capacidades dos gestores de dados para permitir um melhor domínio da ferramenta e "consequentemente o registo atempado, evitando assim a discrepância de dados publicados interna ou internacionalmente".

Desde o início da pandemia, a Guiné-Bissau registou um total acumulado de 7.464 casos de covid-19 e 154 vítimas mortais.

A covid-19 provocou 5.593.747 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

A nova variante Ómicron, classificada como preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral e, desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta em novembro, tornou-se dominante em vários países, incluindo em Portugal.

Leia Também: Diretor-geral da OMS sem obstáculos para ser reeleito hoje

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