Rússia/Ucrânia. Reino Unido "contribuirá" com a NATO em caso de invasão
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, afirmou que vários países concordaram em "responder em uníssono a qualquer ataque russo à Ucrânia".
© Toby Melville/Reuters
Mundo Reino Unido
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, acusou esta terça-feira a Rússia de “perturbar a segurança europeia” ao “apontar uma arma à cabeça da Ucrânia” e frisou que o Reino Unido irá “contribuir” em qualquer destacamento da NATO em caso de invasão russa.
“O Exército Britânico lidera o Grupo de Batalha da NATO na Estónia e, se a Rússia invadir a Ucrânia, tentaremos contribuir para quaisquer novos destacamentos da NATO para proteger os nossos aliados na Europa”, afirmou na Câmara dos Comuns.
O governante revelou ainda que se reuniu virtualmente ontem à noite com os presidentes dos Estados Unidos da América, Joe Biden, de França, Emmanuel Macron, e da Polónia, Andrzej Duda. Além do chanceler alemão Olaf Scholz, do secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, do primeiro-ministro italiano Mario Draghi e do presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
“Concordámos em responder em uníssono a qualquer ataque russo à Ucrânia, em uníssono, impondo sanções coordenadas e severas, mais pesadas do que qualquer coisa que já fizemos contra a Rússia”, frisou.
As medidas serão finalizadas “o mais rápido possível” para “maximizar o seu efeito dissuasor”. “Nós, Reino Unido, não hesitaremos em endurecer as nossas sanções nacionais contra a Rússia em resposta a qualquer coisa que o presidente Putin possa fazer”, afirmou.
Lembrando que a Rússia já “anexou ilegalmente 10.000 milhas quadradas” do território ucraniano em 2014 e deu “início a uma guerra na região de Donbas”, Boris Johnson sublinhou que a Ucrânia - país que “mal conheceu um dia de paz” desde a anexação da Crimeia - “enfrenta o perigo de uma nova invasão”.
“Desta vez a força organizada na fronteira [russa] compreende mais de 10.000 soldados - muito mais do que qualquer coisa que a Rússia tenha já implementado contra ela [a Ucrânia]”, destacou.
"Não há nada de novo em nações grandes e poderosas usarem a ameaça da força bruta para aterrorizar pessoas razoáveis para que cedam a demandas completamente inaceitáveis. Mas se o presidente Putin escolher o caminho do derramamento de sangue e da destruição, ele deve perceber que isso seria trágico e fútil, e nem devemos permitir que ele acredite que poderia facilmente levar uma porção menor da Ucrânia (...) porque a resistência será feroz", considerou.
A posição de Boris Johnson surge um dia após a Casa Branca anunciar que colocou cerca de 8.500 militares em alerta máximo, prontos para serem mobilizados pela NATO, se necessário.
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