Dinamarca decide retirar os soldados deslocados no Mali

A Dinamarca decidiu repatriar uma centena de soldados destacados no Mali, no seguimento de um novo pedido da junta militar no poder, anunciou hoje chefe da diplomacia dinamarquesa, denunciando um "jogo político sujo" do regime de Bamako.

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Lusa
27/01/2022 15:59 ‧ 27/01/2022 por Lusa

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"Os generais no poder enviaram uma mensagem clara de que a Dinamarca não é bem-vinda no Mali. Não aceitamos isto e por esta razão decidimos trazer os nossos soldados para casa", disse o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Jeppe Kofod, no final de uma reunião no Parlamento dinamarquês em Copenhaga.

"Estamos lá a convite do Mali. Os generais golpistas - num jogo político sujo - retiraram o convite", porque "não querem um plano rápido de regresso à democracia", acrescentou Kofod.

A junta militar no poder no Mali desde o golpe de Estado de 2020 pediu à Dinamarca na passada segunda-feira à noite para retirar as suas tropas, chegadas ao país na semana anterior como parte do grupo das forças especiais europeias Takuba, com o argumento de o destacamento deste contingente particular tinha "ocorrido sem o consentimento" de Bamako.

A Dinamarca começou por responder que estava no país na sequência de um "convite claro" do regime do Mali e pediu a Bamako que "clarificasse" esta nova posição.

O governo de transição do Mali reiterou "insistentemente" esta exigência na passada quarta-feira à noite.

A ministra dinamarquesa da Defesa, Trine Bramsen, afirmou à comunicação social que o repatriamento dos soldados "levará algum tempo".

Se não for possível estabelecer um calendário preciso nesta fase, o exército dinamarquês acredita que serão necessárias "várias semanas" para trazer homens e equipamento de volta à Dinamarca, afirmou a governante numa declaração.

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