"Os generais no poder enviaram uma mensagem clara de que a Dinamarca não é bem-vinda no Mali. Não aceitamos isto e por esta razão decidimos trazer os nossos soldados para casa", disse o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Jeppe Kofod, no final de uma reunião no Parlamento dinamarquês em Copenhaga.
"Estamos lá a convite do Mali. Os generais golpistas - num jogo político sujo - retiraram o convite", porque "não querem um plano rápido de regresso à democracia", acrescentou Kofod.
A junta militar no poder no Mali desde o golpe de Estado de 2020 pediu à Dinamarca na passada segunda-feira à noite para retirar as suas tropas, chegadas ao país na semana anterior como parte do grupo das forças especiais europeias Takuba, com o argumento de o destacamento deste contingente particular tinha "ocorrido sem o consentimento" de Bamako.
A Dinamarca começou por responder que estava no país na sequência de um "convite claro" do regime do Mali e pediu a Bamako que "clarificasse" esta nova posição.
O governo de transição do Mali reiterou "insistentemente" esta exigência na passada quarta-feira à noite.
A ministra dinamarquesa da Defesa, Trine Bramsen, afirmou à comunicação social que o repatriamento dos soldados "levará algum tempo".
Se não for possível estabelecer um calendário preciso nesta fase, o exército dinamarquês acredita que serão necessárias "várias semanas" para trazer homens e equipamento de volta à Dinamarca, afirmou a governante numa declaração.
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