Presidente argentino anuncia "acordo razoável" com FMI sobre a dívida

O Presidente da Argentina, Alberto Fernández, anunciou hoje um "acordo razoável" com o Fundo Monetário Internacional sobre a dívida do país sul-americano, que enfrentava este ano prazos de reembolso "insuportáveis", superiores a 19 mil milhões de dólares.

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Lusa
28/01/2022 17:08 ‧ 28/01/2022 por Lusa

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Argentina

"Quero anunciar que o governo da Argentina chegou a acordo com o FMI", disse Fernández num breve discurso, referindo que o mesmo "prevê a manutenção da recuperação económica já em curso", mas sem dar pormenores sobre o conteúdo.

Os pormenores do acordo devem ser dados esta tarde pelo ministro da Economia, Martin Guzmán, que tem encabeçado as negociações com o FMI nos últimos dois anos.

"Tínhamos uma dívida impagável que nos deixava sem presente e sem futuro, e agora temos um acordo razoável que nos vai permitir crescer e cumprir as nossas obrigações através do nosso crescimento", concluiu o Presidente.

O governo de Alberto Fernández, de centro-esquerda, que chegou ao poder no final de 2019, tem estado em diálogo com o Fundo desde então, e de forma mais intensa nas últimas semanas, para renegociar uma dívida de 44 mil milhões de dólares (39,4 mil milhões de euros) no total, herança de um empréstimo contraído em 2018 pelo anterior governo, de centro direita, de Mauricio Macri.

Na ausência de um acordo com o FMI, a Argentina via-se confrontada com reembolsos nos próximos três anos, entre capital e juros, de mais de 19.000 milhões de dólares (17.000 milhões de euros) em 2022, perto do mesmo valor em 2023 e cerca de 4.000 milhões de dólares (3.584 mil milhões de euros) em 2024.

A primeira prestação deste ano, pouco mais de 700 milhões de dólares (627 milhões de euros), era para ser paga hoje, e cerca de 370 milhões de dólares (331 milhões de euros) na próxima terça-feira.

Ao longo das negociações, a Argentina tem pedido "tempo" para cumprir os reembolsos de modo a não asfixiar a recuperação económica.

O país, a segunda maior economia da América do Sul, registou um crescimento de 11,3% durante os primeiros 11 meses de 2021, após três anos de recessão e forte impacto da covid-19.

Leia Também: OCDE abre negociações ao alargamento a seis países

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