Este é o sétimo teste realizado este mês, reafirmando a intenção da Coreia do Norte em reforçar as defesas nacionais, enquanto ocorre uma escalada de tensão na região da península coreana.
De acordo com a avaliação do Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul (JCS), o lançamento ocorreu às 07:52 de hoje, horário local (22:52 de sábado em Lisboa), da província norte coreana de, na fronteira com a China e é um modelo de médio alcance (IRBM).
O projétil percorreu 800 quilómetros a leste em direção ao Mar do Japão, chamado de Mar do Leste nas duas Coreias, e teria atingido uma altitude máxima de 2.000 quilómetros sem entrar nas águas da zona económica exclusiva do Japão ou provocar danos, segundo o Governo japonês.
O Presidente sul-coreano, Moon Jae-in, apressou-se hoje a convocar, pela primeira vez em um ano, uma reunião do Conselho de Segurança Nacional do seu país.
Moon declarou aos meios de comunicação locais, que este último lançamento da Coreia do Norte é um "desafio à desnuclearização da península coreana, à paz e à estabilidade, e aos esforços diplomáticos da comunidade internacional, bem como um ato que viola a resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas".
O Presidente sul-coreano pede o fim da tensão e que a Coreia do Norte responda aos pedidos internacionais e retome o diálogo.
Por sua vez, o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, convocou também uma reunião do seu Conselho de Segurança para hoje e em declarações à imprensa afirmou que "condena veementemente" este novo lançamento que "viola as resoluções das Nações Unidas".
O exército dos Estados Unidos também pediu a Pyongyang que se abstenha de atos "desestabilizadores", de acordo com um comunicado emitido pelo Comando do Indo-Pacífico citado pela agência de notícias japonesa Kyodo.
Os testes realizados este mês de vários tipos de mísseis, desde mísseis hipersónicos e balísticos até lançamentos de mísseis cruzeiro, mostram a determinação do regime em continuar a testar o armamento, num momento de pressão crescente por parte dos Estados Unidos.
O desinteresse demonstrado por Pyongyang durante meses no sentido do diálogo, a vontade renovada dos EUA de endurecer as sanções e os testes de armas norte-coreanas que tiveram lugar em menos de um mês trazem de volta ecos das tensões entre os dois países em 2017.
O regime norte-coreano contempla um regresso a este tipo de medidas, que decidiu suspender unilateralmente no início do diálogo intercoreano, e como resposta às "ações hostis cada vez mais agravadas" dos Estados Unidos, de acordo com uma reunião do mais alto órgão de Governo do país liderado por Kim Jong-un, noticiada pelos meios de comunicação norte-coreanos.
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