Macau reduz quarentena para viajantes de países de extremo alto risco

Macau decidiu reduzir de 28 dias para 21 dias a quarentena obrigatória aplicada, a partir de hoje, a pessoas vindas de "países considerados de extremo alto risco" de propagação da covid-19, incluindo Brasil e Moçambique.

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Lusa
31/01/2022 09:42 ‧ 31/01/2022 por Lusa

Mundo

Covid-19

Segundo um comunicado do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, divulgado no domingo à noite, a alteração aplica-se também às pessoas já a cumprir a quarentena em hotéis designados para o efeito.

Desde 06 de janeiro que Macau começou a aplicar, devido ao surgimento da variante Ómicron, uma quarentena de 28 dias -- que podia ir até 35 dias, caso a pessoa tivesse anticorpos do vírus -- a países de extremo alto risco, tais como os Estados Unidos da América, Indonésia, Nepal, Filipinas, Índia e Paquistão.

Os passageiros vindos destes países têm ainda de apresentar, antes de embarcar para Macau, três testes negativos à covid-19 realizados nos cincos dias anteriores à partida e com um intervalo de pelo menos 24 horas.

Macau registou apenas 79 casos desde o início da pandemia, sem qualquer morte.

Assim como acontece na China continental, o Governo de Macau passou a não considerar os casos assintomáticos para efeitos de contabilidade dos casos registados.

A 27 de janeiro, as autoridades de saúde de Macau indicaram numa conferência de imprensa semanal sobre a situação epidémica, que não estão disponíveis para reduzir a quarentena a menos de 21 dias, admitindo, no entanto, que o prazo de incubação da variante Ómicron é mais curto.

Entre 09 e 23 de janeiro, Macau tinha proibido a chegada de aviões de passageiros vindos de fora da China.

A medida afetou dezenas de portugueses residentes em Macau que se encontravam no estrangeiro e se viram impossibilitados de regressar ao território.

Em novembro, o epidemiologista Manuel Carmo Gomes disse à Lusa que não vislumbra bases científicas para as restrições às viagens e quarentenas impostas em Macau a pessoas provenientes do estrangeiro, devido à pandemia de covid-19.

"Acho isso tudo muito exagerado, nomeadamente para pessoas que estão completamente vacinadas. Não percebo a lógica dos 21 dias" de quarentena, disse o professor, investigador e epidemiologista da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

Todas estas medidas se aplicam apenas a pessoas provenientes de fora da China continental. Aos viajantes da China continental, não é exigida quarentena, bastando a apresentação de teste negativo à covid-19.

Quando são detetados surtos em províncias chinesas, as autoridades de Macau têm imposto quarentena, mas apenas de 14 dias, e não de 21.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

A nova variante Ómicron, classificada como preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral e, desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta em novembro, tornou-se dominante em vários países, incluindo em Portugal.

Leia Também: Chineses de Macau divididos entre reunião familiar e receio da Covid-19

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