Banco Africano investe 3 mil milhões no setor farmacêutico do continente

O presidente do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) anunciou que vai injetar 3 mil milhões de dólares na área da indústria farmacêutica africana, defendendo que o continente tem de produzir vacinas para não depender de outros países.

Notícia

© Luke Dray/Getty Images

Lusa
31/01/2022 11:35 ‧ 31/01/2022 por Lusa

Mundo

Covid-19

"Precisamos de acabar com a desigualdade na distribuição de vacinas; as pessoas estão a falar da terceira, quarta e até quinta dose, enquanto em África ainda estamos à procura da primeira dose", disse Akinwumi Adesina no final de uma visita ao Instituto Pasteur, em Dacar, a capital do Senegal.

"Não podemos depender de um sistema de saúde que está concentrado em países fora do continente e deixar a saúde de 1,4 mil milhões de pessoas entregue à generosidade de outros; para controlar a indústria farmacêutica, é preciso capacidade técnica, matéria prima e infraestruturas, e é por estas razões que o BAD apoia o setor farmacêutico africano", disse o banqueiro, ao anunciar a disponibilização de 3 mil milhões de dólares, cerca de 2,6 mil milhões de euros, para fortalecer este setor.

Durante ao visita ao Instituto Pasteur, um dos mais importantes em África e um dos poucos com a capacidade de produção de vacinas animais e humanas, Adesina prometeu também "ajuda financeira para a produção de testes rápidos, produtos farmacêuticos e vacinas contra a Covid-19", de acordo com o comunicado disponível no site do banco.

O continente africano registou mais de 237 mil mortes associadas à covid-19 e 10,6 milhões de infeções, de acordo com os últimos dados do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (Africa CDC).

A covid-19 provocou mais de 5,65 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

A nova variante Ómicron, classificada como preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral e, desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta em novembro, tornou-se dominante em vários países.

Leia Também: AO MINUTO: Task force quer "estrutura permanente"; Protestos continuam

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas