A linhagem BA.2 da variante Ómicron do vírus SARS-CoV-2, que estudos indicam ser mais contagiosa do que a forma original - a BA.1 - e com capacidade de infetar pessoas vacinadas, já foi registada em 57 países, revelou esta terça-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A variante Ómicron foi detetada há cerca de dois meses em África e, segundo os dados analisados pela rede global de laboratórios GISAID, representa 93% das amostras colhidas durante o mês de janeiro.
Apesar de as variantes originais, a BA.1 e a BA.1.1, representarem mais de 96% das sequências analisadas pela rede de laboratórios associada à OMS, há aumento “evidente” da linhagem BA.2.
“As sequências designadas como BA.2 foram submetidas ao GISAID por 57 países até ao momento”, explicou a OMS, acrescentando que, em alguns países, esta linhagem representa mais de metade dos casos Ómicron.
Aos jornalistas, Maria Van Kerkhove, responsável técnica da OMS para a pandemia, afirmou que as informações sobre a linhagem BA.2 são limitadas, mas dados preliminares revelam um “ligeiro aumento na taxa de crescimento em comparação com a BA.1”.
Também hoje, um epidemiologista da OMS assegurou que apesar de ser mais contagiosa, a BA.2 não aparenta ser mais severa do que a sua forma original.
Por cá, o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo (INSA) revelou que a linhagem foi detetada pela primeira vez em dezembro e que tem aumentado de frequência. No entanto, os últimos dados indiciam uma circulação comunitária reduzida.
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