Caso de Covid-19 interrompe julgamento a polícias sobre a morte de Floyd
O julgamento dos três polícias de Minneapolis, acusados a nível federal de violações aos direitos humanos no caso da morte do afro-americano George Floyd, foi subitamente suspenso esta quarta-feira, devido a um teste de covid-19 positivo num dos réus.
© KEREM YUCEL/AFP via Getty Images
Mundo George Floyd
O juiz do tribunal federal, Paul Magnuson, referiu que o julgamento apenas será retomado na segunda-feira, noticiou a agência Associated Press (AP).
Apesar de não ter sido divulgado qual dos ex-polícias está infetado com covid-19, órgãos de comunicação social no tribunal referiram que J. Alexander Kueng e Tou Thao estavam presentes, enquanto Thomas Lane não.
Lane, Kueng e Thao são acusados de privar Floyd dos seus direitos, ao não lhe assegurarem assistência médica quando o policia Derek Chauvin se ajoelhou no pescoço do afro-americano durante nove minutos e meio quando este estava algemado, de bruços e com falta de ar.
Os três ex-polícias de Minneapolis também estão acusados de não intervirem.
Este caso de maio de 2020, documentado em vídeo, gerou protestos em todo o mundo contra o racismo e ação das forças policiais.
O julgamento começou a ouvir as primeiras testemunhas na semana passada, após a seleção de um júri em 20 de janeiro.
A acusação revelou que planeia chamar um médico para depor na quarta-feira, embora não tenha sido divulgado a identidade deste.
Esta semana, foi ouvido o médico legista responsável do condado de Hannepin, que considerou a morte de George Floyd um homicídio.
Andrew Baker revelou que tinha dito inicialmente, após a autópsia, que não havia evidências físicas de que Floyd morreu por insuficiência de oxigénio mas que mais tarde acrescentou "compressão do pescoço" como fator [para a morte], mas acrescentou que não foi pressionado a fazê-lo.
Floyd, de 46 anos, resistiu à tentativa dos polícias de coloca-lo no veículo e foi depois deitado ao chão. Kueng ajoelhou-se nas costas de Floyd, Lane segurou-lhe as pernas e Thao manteve as restantes pessoas presentes afastadas.
O ex-polícia Derek Chauvin confessou-se em dezembro culpado de violar os direitos civis de Floyd e a acusação pede uma pena de 25 anos de prisão.
Também os três polícias enfrentarão um julgamento nesta acusação federal.
Chauvin, de 45 anos, foi condenado na passada primavera por homicídio, por ter asfixiado Floyd ao manter o joelho sobre o seu pescoço, enquanto este gritava que não conseguia respirar, durante uma detenção em 25 de maio de 2020, e um tribunal estadual aplicou-lhe uma pena de 22 anos e meio, por este caso.
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