Koo Sze-yiu, um septuagenário que sofre de cancro terminal, foi detido pela polícia de segurança nacional, noticiou o Wen Wei Po, um jornal sob a alçada do Gabinete de Ligação do Governo central chinês em Hong Kong.
Outras quatro pessoas foram detidas, como resultado da mesma investigação.
Alguns dias antes da detenção, o ativista convidou os meios de comunicação social a fazerem a cobertura da manifestação marcada para hoje à frente da representação do governo central em Hong Kong.
"Muitos ativistas políticos e cidadãos de Hong Kong foram atirados para a prisão e não podem passar o Ano Novo Lunar com as famílias devido ao abuso da Lei de Segurança Nacional de Hong Kong", escreveu no convite datado de 31 de janeiro.
"O Governo central só está preocupado com os Jogos Olímpicos de Inverno para encobrir a situação e não se preocupa com os erros judiciais cometidos em Hong Kong", afirmou.
O ativista septuagenário já cumpriu várias penas na prisão, incluindo em 2013 por ter queimado uma bandeira chinesa para protestar contra o tratamento de dissidentes na China continental.
Os protestos têm sido praticamente proibidos em Hong Kong desde as grandes manifestações de 2019.
A Lei de Segurança Nacional, que entrou em vigor em 2020, pune a "secessão, subversão, terrorismo e conluio com forças estrangeiras" e prevê penas de prisão perpétua.
A polícia deteve mais de 160 pessoas ao abrigo desta lei, das quais cerca de 100 foram acusadas e estão sob custódia a aguardar julgamento.
A realização dos Jogos Olímpicos de Inverno em Pequim, entre hoje e dia 22 deste mês, provocou um boicote diplomático por parte de vários países ocidentais devido ao historial da China em matéria de direitos humanos.
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