O presidente francês, Emmanuel Macron, espera “construir uma solução histórica” para a segurança europeia durante a sua visita a Moscovo, agendada para esta segunda-feira, onde se irá reunir com o seu homólogo russo, Vladimir Putin.
A visita surge após um fim de semana de contactos entre o Eliseu (presidência francesa) e o presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, e os dirigentes dos três países bálticos, o Presidente lituano, Gitana Nauseda, e os primeiros-ministros letão, Krisjanis Karins, e estónio, Kaja Kallas.
Em declarações ao jornal Le Journal de Dimanche, poucas horas antes da viagem até à capital russa, Macron - considerado um “interlocutor de qualidade” por Putin - afirmou que pretende “construir uma solução história” para a resolução do conflito entre a Rússia e a Ucrânia e assegurar a segurança europeia. O chefe de Estado francês diz ainda que, apesar dos 100 mil militares russos na fronteira, o objetivo do país não é uma invasão.
“O objetivo geopolítico da Rússia hoje não é claramente a Ucrânia, mas sim esclarecer as regras de coabitação com a NATO e a UE”, afirmou.
“A intensidade do diálogo que tivemos com a Rússia e esta visita a Moscovo provavelmente impedirá que [uma operação militar] aconteça. Depois negociaremos os termos da desescalada”, acrescentou. “Sempre tive um diálogo profundo com o Presidente Putin e a nossa responsabilidade é construir soluções históricas”.
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