Ucrânia. Milhares lutam por sobreviver a cada dia em Donbass

O Comité Internacional da Cruz Vermelha alertou hoje para a luta quotidiana pela sobrevivência de milhares de pessoas na Ucrânia que vivem na "linha de contacto" na região de Donbass, controlada em grande parte por separatistas pró-Rússia.

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Lusa
07/02/2022 12:57 ‧ 07/02/2022 por Lusa

Mundo

Rússia/Ucrânia

As pessoas de ambos os lados da linha da frente vivem numa situação precária, já que os serviços públicos são escassos desde o início do conflito, em 2014.

Segundo o Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV), o mais urgente é garantir que as pessoas sobrevivam a este inverno, pelo que está a fornecer material para isolar melhor as casas, além de combustível ou dinheiro para que cerca de 35 mil pessoas possam aquecer as suas casas numa altura em que as temperaturas estão abaixo dos zero graus.

A organização, que trabalha sob os princípios de neutralidade e imparcialidade nos conflitos mais graves do planeta, sublinhou que mantém um diálogo direto e confidencial com todos os envolvidos no conflito na Ucrânia para garantir que, em qualquer circunstância, os civis e as infraestruturas essenciais devem ser preservados.

O CICV também recomenda que as famílias possam ver-se e apoiarem-se umas às outras - independentemente do lado da "linha de contacto" em que estejam - e que os detidos sejam tratados com humanidade e de acordo com as regras internacionais.

Além do abastecimento de produtos básicos, a organização apoiou uma centena de estabelecimentos de saúde, consertou estações de água que abastecem cerca de 900.000 pessoas e treinou mais de 20.000 pessoas para os riscos de minas antipessoais que foram espalhadas nos últimos anos.

A situação na Ucrânia está no centro dos esforços diplomáticos internacionais dos últimos dias.

Kiev e os seus aliados ocidentais acusam a Rússia de pretender invadir a Ucrânia novamente, depois de lhe ter anexado a península da Crimeia, em 2014.

A Rússia nega qualquer intenção bélica, mas condiciona o desanuviamento da crise a exigências que diz serem necessárias para garantir a sua segurança, incluindo um compromisso juridicamente vinculativo de que nem a Ucrânia nem qualquer outra ex-república soviética serão alguma vez membros da NATO e que a Aliança Atlântica retire as suas tropas na Europa de Leste para posições anteriores a 1997.

Leia Também: Macron visita Rússia e espera "solução histórica" no conflito com Ucrânia

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