Guiné-Bissau. Jornalista ferida necessita de tratamento no estrangeiro
O diretor-geral da rádio Capital FM da Guiné-Bissau, Lassana Cassamá, disse hoje à Lusa que uma jornalista ferida no ataque à estação por homens armados na segunda-feira necessita de um tratamento médico num centro especializado no estrangeiro.
© Lusa
Mundo Guiné-Bissau
"A jornalista Maimuna Bari está em estado grave, sob cuidados médicos, os outros, por estarem fora do perigo, têm tido toda a assistência da rádio", afirmou o diretor da Capital FM.
Lassana Cassamá, que é também o correspondente da Voz da América na Guiné-Bissau, mas está atualmente em Portugal, adiantou que a direção da Capital FM e o Sindicato de Jornalistas do país estão a diligenciar no sentido "de uma eventual transferência para o estrangeiro" da jornalista Maimuna Bari.
O diretor da rádio atualizou ainda o número de feridos de cinco para sete, sendo dois jornalistas, três técnicos de emissões e dois elementos da administração da rádio.
O ataque à Rádio Capital aconteceu quase uma semana depois de uma tentativa de golpe de Estado.
A presidente do Sindicato de Jornalistas da Guiné-Bissau disse hoje que há uma ameaça ao exercício do jornalismo e pediu à comunidade internacional para "dar a cara" e apoiar o país e os profissionais da comunicação social.
"Acontecem factos à luz do dia. Pessoas encapuzadas com armas entrarem numa estação mostra que estamos perante um perigo, há uma ameaça clara ao exercício livre e independente do jornalismo na Guiné-Bissau, mostra que há uma campanha contra a liberdade de imprensa e de expressão", afirmou Indira Correia Baldé.
Na segunda-feira, o Sindicato dos Jornalistas (SJ) português apelou "à investigação e responsabilização dos autores do atentado contra a Rádio Capital FM" e lembrou que "um ataque a um órgão de comunicação social é um ataque à liberdade de imprensa, tida como um dos pilares da democracia em qualquer nação que escolha este regime de organização política, como é o caso da Guiné-Bissau".
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