Uganda pretende tornar as vacinas contra a Covid-19 obrigatórias
Está também previsto que quem não se vacinar durante surtos de Covid-19 esteja sujeito a seis meses de prisão.
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Mundo Covid-19
Com o objetivo de promover a inoculação de mais pessoas contra a Covid-19, o Uganda pretende implementar uma nova lei que estabeleça a obrigatoriedade das vacinas contra a doença, foi hoje anunciado.
Está também previsto que quem não se vacinar durante surtos de Covid-19 esteja sujeito a seis meses de prisão, ainda que a lei possa vir a sofrer mudanças com a revisão das autoridades de saúde.
“É a coisa certa a fazer”, disse à AFP Alfred Driwale, funcionário público na linha da frente da campanha de vacinação no país.
Jane Ruth Aceng Ocero, ministra da Saúde, anunciou em janeiro que mais de 400 mil doses seriam destruídas por terem ultrapassado o prazo de validade, o que constituiu uma perda significativa, tendo em conta que apenas 12.7 milhões de pessoas foram inoculadas no país, que tem o objetivo de vacinar, pelo menos, metade da sua população de 44 milhões.
Já no ano passado, Yoweri Museveni, Presidente do Uganda, alertou que os oficiais locais seriam responsabilizados pelas doses fora de validade, colocando pressão na campanha de vacinação.
Por sua vez, John Nkengasong, diretor do Centro de Controlo e Prevenção e Doenças da União Africana (Africa CDC), avisou que os governos têm de recorrer à obrigatoriedade das vacinas, caso as populações não se mostrem dispostas a ser inoculadas.
Recorde-se que também o Gana e o Zimbabué anunciaram a obrigatoriedade das vacinas contra a Covid-19 para funcionários públicos, entre outras camadas da sociedade.
África é o continente com menor taxa de cobertura vacinal contra o SARS-CoV-2, com apenas 11% de 1.3 mil milhões de pessoas protegidas. Aliás, apenas seis dos seus 54 países atingiram o objetivo de vacinar 40% da população contra a Covid-19 até ao final de 2021, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
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