Os detidos "enfrentam acusações de invasão e obstrução, e serão libertados sob fiança para depois comparecerem no tribunal", de acordo com um comunicado publicado na página da Internet da polícia neozelandesa.
Mais de uma centena de agentes policiais estão destacados para proteger o parlamento em resposta ao "Convoy 2022 NZ", movimento que mobilizou centenas de pessoas de todo o país para protestar em Wellington contra a obrigatoriedade da vacina contra a covid-19, exigindo o levantamento das restrições impostas durante a pandemia.
A polícia da Nova Zelândia alertou os manifestantes, muitos dos quais acampados ilegalmente junto do parlamento, que correm o risco de serem também detidos se não saírem do local.
As autoridades de Wellington começaram, entretanto, a multar veículos estacionados naquela área, bem como nas proximidades de um monumento em memória das vítimas da Primeira Guerra Mundial.
Alguns manifestantes têm respondido com insultos, danças 'haka' [cântico tradicional do povo maori] e com objetos lançados contra agentes policiais, noticiou a rádio pública da Nova Zelândia, RNZ.
Na quarta-feira, no segundo dia de protestos, os manifestantes tentaram forçar a entrada no átrio do parlamento, protegido por centenas de agentes policiais, levando à detenção de três pessoas.
A Nova Zelândia acumulou cerca de 18.800 infeções, incluindo quase 3.300 casos ativos e apenas 53 mortes desde o início da pandemia da covid-19.
De acordo com dados oficiais, 94% da população do país recebeu a vacinação completa da covid-19, enquanto 92% da população com mais de 18 anos terá uma dose de reforço até ao final do mês.
O Governo de Jacinda Ardern, que implementou uma das políticas mais duras de confinamento e encerramento das fronteiras devido à covid-19, anunciou em 03 de fevereiro que vai começar a reabrir as fronteiras internacionais a partir do final deste mês.
A covid-19 provocou pelo menos 5.761.646 de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante do mundo desde que foi detetada pela primeira vez, em novembro, na África do Sul.
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