'Partygate'. John Major acusa Boris de violar a lei e gerar desconfiança

O antigo primeiro-ministro lembra que “mentiras deliberadas ao Parlamento foram fatais para as carreiras políticas - e deve ser sempre assim”.  

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© Dan Kitwood/Getty Images

Notícias ao Minuto
10/02/2022 11:50 ‧ 10/02/2022 por Notícias ao Minuto

Mundo

Reino Unido

O antigo primeiro-ministro do Reino Unido, John Major, criticou Boris Johnson e o seu envolvimento nas festas realizadas no n.º 10 de Downing Street durante o confinamento imposto para combater a pandemia de Covid-19, acusando-o de violar a lei e inventar “desculpas descaradas”. 

As críticas de Major, que serviu como primeiro-ministro e líder do Partido Conservador entre 1990 e 1997, surgem um dia depois de a Polícia Metropolitana de Londres ter revelado que vai interrogar mais de 50 pessoas sobre a participação nas festas ocorridas entre 20 de maio de 2020 e 16 de abril de 2021.

Num discurso, esta manhã, John Major acusou os ministros de serem “evasivos” durante a investigação e alertou que o comportamento do governo podia prejudicar a confiança da população.

“No número 10, o primeiro-ministro e os funcionários violaram as leis do confinamento. Inventaram desculpas descaradas. Dia após dia, a população era convidada a acreditar no inacreditável. Ministros foram enviados para defender o indefensável - fazendo-se parecer credíveis ou tolos”, afirmou.

E acrescentou: “Coletivamente, isto fez com que o governo parecesse instável, o que tem consequências que vão muito além da impopularidade política. Nenhum governo pode funcionar adequadamente se cada palavra for tratada como suspeita”.

Apesar de não mencionar diretamente Boris Johnson, John Major lembra que “mentiras deliberadas ao Parlamento foram fatais para as carreiras políticas - e deve ser sempre assim”.  

Esta não é a primeira vez que um antigo primeiro-ministro critica Boris Johnson e o seu envolvimento no ‘Partygate’. Na semana passada, Theresa May, também do Partido Conservador, questionou se Boris Johnson violou conscientemente as leis do confinamento e lembrou que “ninguém está acima da lei”. 

Leia Também: Após demissões, Boris Johnson elege um novo ministro

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