A Lituânia, que é um dos 27 Estados-membros da União Europeia (UE), permitiu a Taiwan abrir uma representação oficial na sua capital, Vilnius, em novembro, sob o próprio nome da ilha.
Esta decisão suscitou a ira de Pequim, que rejeita qualquer uso oficial da palavra Taiwan e não reconhece o estatuto de Estado da ilha por a considerar como uma das suas províncias.
A Lituânia afirma que a China tem vindo a bloquear as importações do seu território como retaliação desde dezembro.
Em 27 de janeiro, a Comissão Europeia iniciou um processo na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra a China por "práticas comerciais discriminatórias contra a Lituânia, que estão também a afetar outras exportações do mercado único da UE".
A China criticou a UE pela queixa apresentada à OMC, afirmando que não tem fundamento por o problema com o país báltico ser político e não económico.
A República Popular da China (RPC) exige a qualquer país com o qual mantenha relações diplomáticas que exclua contactos oficiais com Taiwan.
A RPC e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas.
Pequim considera Taiwan parte do seu território, e não uma entidade política soberana, e ameaça usar a força caso a ilha declare independência.
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