Cerca de três mil funcionários públicos de Nova Iorque, nos Estados Unidos, estão em risco de serem despedidos já amanhã, por terem recusado ser imunizados contra a Covid-19, diz o The New York Times. Em causa está a obrigatoriedade da vacina para funcionários públicos da cidade, imposta por Bill de Blasio, antecessor de Eric Adams, atual presidente da Câmara.
Este valor representa menos de 1% do total de funcionários municipais, que rondam os 370 mil. Destes, cerca de 95% receberam, pelo menos, uma dose da vacina contra a Covid-19. Por sua vez, as cerca de mil novas contratações foram obrigadas a tomar duas doses, o que terão de comprovar também até amanhã. Caso não o façam, ficarão em risco de serem despedidas.
Ainda assim, cerca de 13 mil funcionários pediram uma extensão deste prazo, por motivos médicos ou religiosos. Até ao momento, 2.100 pedidos foram aprovados, enquanto 4.910 foram rejeitados.
“Temos de ser muito claros – as pessoas têm de se vacinar se forem trabalhadores de Nova Iorque”, disse Adams, esta quinta-feira, em conferência de imprensa. “Não os estamos a despedir. As pessoas estão a demitir-se. A responsabilidade é clara”, acrescentou.
Esta semana, vários sindicatos representantes de polícias, bombeiros e professores apelaram à autarquia para que reconsiderasse os despedimentos, mas sem sucesso. Na verdade, na segunda-feira, centenas de pessoas manifestaram-se contra a obrigatoriedade das vacinas para os funcionários municipais, apelando também ao fim das restrições contra a Covid-19.
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