Numa reunião com os líderes dos Estados Unidos, União Europeia, Itália, Polónia, Roménia, França, Alemanha e NATO esta noite, o chefe do Governo britânico revelou estar preocupado com a "segurança da Europa nas atuais circunstâncias".
Segundo um porta-voz, Johnson reiterou a necessidade de os aliados "deixarem absolutamente claro de que haverá um pesado pacote de sanções económicas pronto para ser lançado caso a Rússia tome a decisão devastadora e destrutiva de invadir a Ucrânia".
Ao mesmo tempo, o primeiro-ministro britânico entende que os Aliados precisam de continuar a para reforçar e apoiar com mais meios militares as áreas do leste da Europa dos países da NATO, enquanto dão "apoio económico e defensivo à Ucrânia".
O porta-voz acrescentou que "os líderes concordaram que, se o presidente Putin recuasse, haveria outro caminho a seguir e prometeram redobrar os esforços diplomáticos nos próximos dias".
O Reino Unido lançou esta semana uma ofensiva diplomática, com a visita de Johnson à sede da NATO, em Bruxelas, e a Varsóvia, onde se encontrou com dirigentes polacos, na quinta-feira.
Em paralelo, a ministra dos Negócios Estrangeiros encontrou-se com o homólogo, Sergei Lavrov, em Moscovo na quinta-feira e hoje foi a fez de o ministro da Defesa britânica se deslocar à capital russa.
Hoje, o Reino Unido aconselhou os seus cidadãos a saírem da Ucrânia imediatamente devido ao risco de interrupção das ligações aéreas comerciais se o conflito se agravar.
A Ucrânia e a NATO têm denunciado, nos últimos meses, a concentração de um grande número de tropas russas perto da fronteira ucraniana, considerando tratar-se da preparação de uma invasão.
Os ocidentais receiam uma invasão russa do território do país vizinho, como a de 2014 que culminou na anexação da península ucraniana da Crimeia.
O Kremlin (Presidência russa) rejeita ter uma intenção bélica nestas manobras.
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