Ucrânia: Kiev pede calma e que se evitem situações de pânico

O Governo ucraniano pediu hoje calma e que sejam evitados atos que possam desestabilizar a situação e criar pânico, depois de os Estados Unidos terem alertado que a Rússia pode invadir o país "a qualquer momento".

Notícia

© Getty

Lusa
12/02/2022 10:41 ‧ 12/02/2022 por Lusa

Mundo

Conflito

 

"dummyPub">

"Neste momento, é extremamente importante manter a calma, consolidar [a situação] no interior do país, e evitar atos que desestabilizem a situação e semear o pânico", disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano num comunicado, citado pela agência France-Presse (AFP).

Os Estados Unidos alertaram, na sexta-feira, que a Rússia pode invadir a Ucrânia "a qualquer momento" nos próximos dias, elevando o espetro da guerra na Europa mais do que nunca, numa dramática aceleração dos acontecimentos após uma fase de diplomacia intensa.

Na sequência dessa declaração, o Governo de Washington pediu aos norte-americanos que se encontram na Ucrânia para abandonarem o país imediatamente.

"As Forças Armadas ucranianas estão a acompanhar a situação e estão prontas a responder a qualquer ataque à integridade territorial da Ucrânia", disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano.

Kiev disse que está em contacto "24 horas por dia com todos os parceiros-chave" e que recebe rapidamente informações sobre a segurança do país.

"Continuamos a trabalhar para diminuir a tensão e mobilizar o apoio dos nossos parceiros internacionais para manter a Rússia no quadro diplomático", acrescentou o ministério ucraniano.

A Ucrânia e os seus aliados ocidentais acusam a Rússia de ter concentrado dezenas de milhares de tropas na fronteira ucraniana para invadir novamente o país, depois de lhe ter anexado a península da Crimeia em 2014.

A Rússia nega qualquer intenção bélica, mas condiciona o desanuviamento da crise a exigências que diz serem necessárias para garantir a sua segurança, incluindo garantias de que a Ucrânia nunca fará parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).

O Presidente norte-americano, Joe Biden, deverá falar hoje com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, bem como o chefe de Estado francês, Emmanuel Macron, cujo país exerce a presidência semestral do Conselho da União Europeia (UE).

Também o chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, anunciou hoje que falará nas próximas horas com o seu homólogo russo, Sergei Lavrov.

"Continuamos a ver sinais muito preocupantes da escalada russa, incluindo a chegada de novas forças às fronteiras da Ucrânia", disse hoje Blinken numa conferência de imprensa nas Fiji, citado pela AFP.

A Rússia iniciou hoje novas manobras navais no Mar Negro, ao mesmo tempo que está a realizar exercícios de prontidão de combate na Bielorrússia, e nas fronteiras da UE e da Ucrânia.

Na quinta-feira, a Ucrânia acusou a Rússia de bloquear partes do Mar Negro, do Mar de Azov e do Estreito de Kerch, sob o pretexto de realizar exercícios navais regulares.

Esta situação "pode causar consequências económicas e sociais complexas, especialmente para os portos da Ucrânia", segundo uma nota do Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano.

"A Ucrânia está a trabalhar estreitamente com os parceiros, principalmente os da região do Mar Negro, para assegurar que tais ações da parte russa recebam uma avaliação e resposta adequadas", acrescentou.

Leia Também: Ucrânia: EUA planeiam anunciar retirada total da embaixada em Kiev

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas