A porta-voz do executivo espanhol, Isabel Rodríguez, que dava uma conferência de imprensa depois do Conselho de Ministros, referiu que o Governo está a seguir "com inquietação e preocupação" as operações de busca e salvamento da tripulação da embarcação.
Rodríguez assegurou que Madrid está em coordenação e contacto permanente com os serviços de salvamento e, neste contexto, informou que três membros da tripulação já foram resgatados, tendo ainda pedido especial cuidado na informação dada às famílias dos pescadores.
De acordo com as agências internacionais, pelo menos quatro membros da tripulação do pesqueiro galego morreram hoje de manhã cedo após o naufrágio do navio, que pescava nas águas canadianas da Terra Nova.
O barco de pesca "Villa de Pitanxo", com sede em Marín (Pontevedra) e propriedade do armador galego Manuel Nores, afundou-se por volta das 06:00 horas de Espanha (menos uma hora em Lisboa) conforme registado pela baliza de sinalização do navio, que contava com uma tripulação de 22 pessoas, de acordo com a subdelegada do governo em Pontevedra, Maica Larriba.
Uma hora antes, explicou a subdelegada, "perdeu-se o contacto com a caixa azul do barco".
Vários barcos de pesca na zona estão também a participar nos trabalhos de salvamento, incluindo um português e outro de Marín, o porto de origem do "Villa de Pitanxo".
Três das quatro jangadas salva-vidas foram localizadas horas mais tarde, acrescentou Larriba, mas duas delas estavam "completamente vazias" e a terceira transportava apenas três sobreviventes.
As autoridades canadianas estão agora a seguir a quarta jangada, mas até agora ainda não foi localizada.
"A situação nas águas da Terra Nova era muito má", disse a subdelegada, que salientou que era "ainda madrugada" na área, o que significou que os barcos e helicópteros dos serviços de salvamento canadianos "não conseguiram reunir informações até muito recentemente".
Os três tripulantes resgatados até agora estão em "choque hipotérmico", segundo a representante, porque a temperatura da água é "terrível".
Larriba confirmou igualmente que há mortos entre a tripulação do navio de 22 pessoas, das quais 12 são espanholas, oito peruanas e duas são oriundas do Gana, de acordo com a documentação do Salvamento Marítimo.
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