Califf, que já tinha dirigido a FDA na administração de Barack Obama, "tem a experiência e o conhecimento necessários para dirigir a FDA num momento decisivo" na luta contra a pandemia, garantiu a Casa Branca no momento da sua nomeação.
Nos EUA, a FDA está encarregue de avaliar a eficácia e riscos presentes nos produtos de saúde para humanos e animais, sendo também responsável pela autorização de tratamentos e vacinas contra a covid-19.
A agência regula igualmente as normas sanitárias relativas à alimentação, cosméticos e distribuição de produtos tabágicos.
A FDA está sem direção permanente há mais de um ano, refere a AFP.
A nomeação de Robert Califf para dirigir a FDA foi confirmada por uma maioria de congressistas democratas e por alguns republicanos, apesar da recusa de um senador agora bem conhecidos dos americanos, Joe Manchin.
O senador democrata da Virgínia Ocidental, que já bloqueou várias reformas económicas e eleitorais de Joe Biden, acusou Robert Califf de "ter uma grande parte da responsabilidade" na crise dos opiáceos devido à sua ligação à indústria farmacêutica.
A crise dos opiáceos é responsável por mais de 500 mil mortes por overdose em 20 anos nos EUA.
Falando hoje no hemiciclo, Joe Manchin deu como exemplo o caso de uma jovem americana, Lauren Cole, morta aos 26 anos por overdose de fentanyl.
Apontando o rosto da jovem num cartaz azul, Manchin disse que a nomeação de Califf era "um insulto à memória de Lauren e dos milhões de famílias que perderam um dos seus nessa epidemia".
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