Num comunicado, o governo local informou que a equipa montada para minimizar os impactos da chuva em Petrópolis confirmou 94 mortos (número registado até as 20:40 de quarta-feira, horário de Brasília).
Ao todo, 540 bombeiros, 210 polícias militares, 200 polícias civis e nove helicópteros do estado estão mobilizados no local.
O Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro montou um hospital de campanha e há ainda 190 equipamentos, entre maquinaria e veículos, para desobstrução de vias e retomada da rotina em Petrópolis.
O balanço de mortos, porém, ainda deve aumentar já que o número de desaparecidos na localidade de 300 mil habitantes ainda não foi apurado pelo Corpo de Bombeiros.
Segundo a agência meteorológica MetSul, Petrópolis recebeu mais chuva em poucas horas na noite de terça-feira do que a média de um mês inteiro de fevereiro.
A chuva que assolou a cidade montanhosa foi a pior registada desde 1932, quando começou a medição na cidade pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
De acordo com a Secretaria de Estado de Defesa Civil, há 372 desabrigados. Até o momento, foram resgatadas 24 vítimas com vida.
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, que acompanhou os trabalhos das equipas de resgate nos locais onde ocorreram desabamentos e cheias causados pela enxurrada em Petrópolis, disse aos 'media' que a situação na área é "quase que de guerra".
Castro esteve no Morro da Oficina, onde os desabamentos causaram várias vítimas.
A prefeitura de câmara de Petrópolis decretou "estado de calamidade" e luto de três dias.
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram carros sendo arrastados pela correnteza e grandes deslizamentos em razão da chuva que devastou o local em poucas horas.
Esta não é a primeira vez que a região montanhosa do Rio de Janeiro foi atingida por fortes tempestades. Em 2011 ocorreu a maior tragédia meteorológica alguma vez registada no Brasil, quando as tempestades provocaram mais de 900 mortos e uma centena de desaparecidos em Petrópolis e cidades vizinhas.
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