Ucrânia. Presidente bielorrusso acusa Ocidente de forçar ação militar

O Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, disse hoje que o seu país e a Rússia foram forçados a reagir com exercícios militares e diplomacia à pressão do Ocidente, que perdeu nesta primeira ronda do conflito.

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Lusa
18/02/2022 14:03 ‧ 18/02/2022 por Lusa

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"Eles (o Ocidente) claramente perderam o primeiro ataque. Hoje, pelo que posso ver, estão a começar o segundo, assustando o mundo inteiro, dizendo que amanhã vamos atacar a Ucrânia, cercá-la, destruí-la e coisas assim", disse Lukashenko, dirigindo-se ao seu homólogo russo, Vladimir Putin, no início de conversações em Moscovo.

Lukashenko referia-se às previsões não cumpridas dos EUA de um ataque russo à Ucrânia em 16 de fevereiro e a novas datas anunciadas, 20 de fevereiro ou "nos próximos dias".

O Presidente bielorrusso confirmou que os "aliados ocidentais" levantaram a questão político-militar, obrigando a Bielorrússia e a Rússia "a reagir com manobras militares e diplomacia".

Lukashenko deslocou-se a Moscovo para discutir com Putin as manobras russo-bielorrussas "Allied Determination-2022", que estão a realizar-se na Bielorrússia desde 10 de fevereiro e que provocaram o alarme no Ocidente e em Kiev, com receio de que os exercícios sejam usados para invadir a Ucrânia.

Por seu lado, o Presidente russo manifestou interesse em discutir "a situação regional" com o seu homólogo bielorrusso, para além de avaliar a cooperação militar entre os dois países.

"Agora, estamos numa fase ativa de exercícios militares e amanhã (sábado) vamos mesmo participar numa atividade importante no âmbito da cooperação militar", disse Putin, referindo-se aos exercícios das Forças Estratégicas de Contenção, em que serão lançados mísseis balísticos e mísseis de cruzeiro.

O Ocidente acusa a Rússia de estar a preparar uma invasão da Ucrânia após a concentração de cerca de 150.000 soldados perto das fronteiras da Ucrânia, aos quais foram adicionados os exercícios "Allied Determination-2022" e manobras navais no Mar Negro, também perto da costa ucraniana.

Embora Moscovo tenha negado que esteja a preparar um ataque contra a Ucrânia e tenha relatado a retirada de parte das tropas que participaram nesses exercícios, o Ocidente insiste em que não observou ainda qualquer sinal retirada militar.

Leia Também: Lukashenko visita Moscovo para discutir presença russa na Bielorrússia

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