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Washington classifica como "cínica" evacuação de civis para a Rússia

O Departamento de Estado norte-americano classificou hoje o anúncio da retirada de civis do leste da Ucrânia para a Rússia como uma manobra "cínica", considerando-a uma preparação para um ataque militar de Moscovo.

Washington classifica como "cínica" evacuação de civis para a Rússia
Notícias ao Minuto

18:22 - 18/02/22 por Lusa

Mundo Ucrânia

cínico e cruel usar seres humanos como peões para distrair a atenção do mundo do facto de a Rússia estar a preparar tropas para atacar", disse um porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, à margem da Conferência de Segurança de Munique.

"Tais anúncios constituem mais tentativas de esconder, através de mentiras e de desinformação, o facto de que a Rússia é o agressor neste conflito", acrescentou o porta-voz.

A evacuação do leste da Ucrânia foi hoje anunciada por separatistas pró-russos, que indicaram que as primeiras pessoas a ser deslocadas foram mulheres, crianças e idosos, acusando o Governo ucraniano de estar a preparar uma invasão, apesar dos desmentidos de Kiev.

Canais de televisão russos mostraram imagens das evacuações, incluindo a deslocação de crianças no pátio de um orfanato.

A autoproclamada república popular de Donetsk, no leste da Ucrânia, denunciou um aumento nos ataques das forças armadas ucranianas, para justificar as medidas de evacuação que começam a ser preparadas em larga escala.

Os separatistas das regiões de Lugansk e Donetsk relataram mais bombardeamentos por forças ucranianas ao longo da tensa linha de contacto.

Contudo, o ministro da Defesa da Ucrânia, Oleksii Reznikov, já anunciou que Kiev não planeia nenhuma ação violenta contra os territórios separatistas, garantindo que o seu Governo está comprometido com uma solução pacífica para o conflito.

Nas últimas horas, especialmente na quinta-feira, ocorreram graves violações do cessar-fogo estabelecido em 2015, ao abrigo dos Acordos de Minsk, no leste do país.

Leia Também: Separatistas na Ucrânia planeiam retirada de 700 mil pessoas

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