"A conversa telefónica com o Presidente Putin durou 1h45. O Presidente da República fala neste momento com o Presidente Zelensky", disse a Presidência francesa.
A conversa com Putin começou às 11:00 (10:00 em Lisboa) e, após terminada, Macron iniciou uma nova conversa com Zelensky, com quem já tinha falado na véspera.
A Presidência francesa tinha anunciado no sábado que Macron realizaria hoje "os últimos esforços possíveis e necessários para evitar um grande conflito na Ucrânia", porque "o risco de cair numa espiral de violência é atualmente muito elevado".
Ainda hoje, a Rússia e a Bielorrússia decidiram prolongar os exercícios militares conjuntos em curso, que deveriam terminar agora, devido ao agravamento das tensões com a Ucrânia, segundo anunciou o ministro da Defesa bielorrusso.
Numa intervenção no sábado numa conferência internacional em Munique, Volodymyr Zelensky pediu ainda aos países ocidentais para acabarem com o que chamou "política de apaziguamento" da Rússia, com cujo Presidente, Vladimir Putin, propôs um encontro.
Pediu também uma reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre a escalada militar em torno da Ucrânia.
Na sua conversa de sábado com Macron, Zelensky manifestou a sua vontade de não responder às "provocações" russas e pediu-lhe que transmitisse a Putin que continua aberto ao diálogo.
O Ocidente e a Rússia vivem atualmente um momento de forte tensão, com o regime de Moscovo a ser acusado de concentrar pelo menos 150.000 soldados nas fronteiras da Ucrânia, numa aparente preparação para uma potencial invasão do país vizinho.
Moscovo desmente qualquer intenção bélica e afirma ter retirado parte do contingente da zona.
Entretanto, nos últimos dias, o exército da Ucrânia e os separatistas pró-russos têm vindo a acusar-se mutuamente de novos bombardeamentos no leste do país, onde a guerra entre estas duas fações se prolonga desde 2014.
Os observadores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) anunciaram no sábado ter registado em 24 horas mais de 1.500 violações do cessar-fogo n na Ucrânia oriental, número que constitui um recorde este ano.
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