Num comunicado divulgado hoje pelos 'media' locais, o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Kosovo recorda que as leis do país "proíbem a participação dos seus cidadãos em guerras no estrangeiro", acusando o Kremlin de promover uma "intensa propaganda russa" para desestabilizar os Balcãs Ocidentais.
O Kosovo, que é um país aliado dos Estados Unidos, "junta-se ao mundo democrático, ao condenar a política hegemónica e expansionista da Rússia em detrimento do Estado soberano e independente da Ucrânia", acrescenta o comunicado.
A diplomacia kosovar considera "incorretas e tendenciosas" as recentes declarações do ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, segundo as quais o Kosovo e outros países balcânicos "estão a tornar-se um foco de crime".
Na sexta-feira, os 'media' russos noticiaram que Lavrov estava a investigar relatos de que mercenários do Kosovo, Albânia e Bósnia-Herzegovina se deslocavam para a região de Donbass, no leste da Ucrânia, para ajudarem as forças ucranianas a lutar contra os movimentos separatistas, num conflito que dura desde 2014.
O Ministério da Segurança da Bósnia reagiu de imediato, garantindo que não tem conhecimento de nenhum cidadão bósnio que tenha ido lutar ao lado das forças ucranianas.
"Se Lavrov tiver alguma informação sobre essas atividades na Bósnia-Herzegovina, espero que as compartilhe com os nossos serviços de segurança, antes de as revelar em público", disse, na sexta-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Bósnia, Bisera Turkovic.
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