A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, indicou em comunicado que a ordem executiva presidencial proibirá novos investimentos, comércio e financiamento dos Estados Unidos para, de ou nos territórios separatistas pró-Rússia de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia.
"Prevemos um movimento como este por parte da Rússia e estamos prontos para responder imediatamente. (...) Esta ordem executiva também fornecerá autoridade para impor sanções a qualquer determinado indivíduo a operar nessas áreas da Ucrânia", indicou Psaki, acrescentando que os departamentos de Estado e do Tesouro norte-americanos fornecerão detalhes adicionais em breve.
A porta-voz frisou que em causa estão "medidas separadas e adicionais às medidas económicas rápidas e severas" que os EUA estão a preparar "em coordenação com os aliados e parceiros, caso a Rússia invada ainda mais a Ucrânia".
O executivo norte-americano descreveu ainda o reconhecimento da independência das regiões separatistas na Ucrânia por parte da Rússia como uma "violação flagrante" dos seus compromissos internacionais.
"Continuamos a consultar de perto os aliados e parceiros, incluindo a Ucrânia, sobre os próximos passos e sobre a escalada contínua da Rússia ao longo da fronteira com a Ucrânia", concluiu Jen Psaki .
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, reconheceu hoje a independência dos territórios separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia e instou o parlamento a assinar os tratados que permitirão o apoio militar de Moscovo a estas autoproclamadas repúblicas.
"Considero necessário tomar esta decisão que estava pensada há muito tempo, de reconhecer imediatamente a independência da República Popular de Donetsk e da República Popular de Lugansk", referiu o chefe de Estado russo num discurso transmitido pela televisão estatal, depois do Kremlin ter divulgado esta intenção.
Putin pediu também ao parlamento russo para "aprovar esta decisão" para, em seguida, "ratificar os acordos de amizade e de ajuda mútua a estas repúblicas", o que permitirá a Moscovo, por exemplo, enviar apoio militar aos dois territórios pró-russos do Donbass ucraniano.
[Notícia atualizada às 21h22]
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