O primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison, afirmou que "a Rússia devia dar um passo atrás, devia retirar-se incondicionalmente para a própria fronteira e parar de ameaçar os países vizinhos".
Numa entrevista coletiva no estado australiano da Tasmânia, Morrison disse que as ações da Rússia eram "inaceitáveis, não provocadas e injustificadas", tendo alertado que uma invasão "sem sentido" da Ucrânia por Moscovo teria um "custo sério e significativo para a Rússia".
O líder da Austrália sublinhou que a comunidade internacional não pode permitir que "ameaças de violência sejam usadas para tentar tirar vantagem da posição de uma nação sobre outras".
"Posso garantir que, no momento em que outros países implementarem sanções fortes e severas à Rússia, estaremos em sintonia com eles", disse.
A ministra dos Negócios Estrangeiros neozelandesa, Nanaia Mahuta, escreveu nas redes sociais que "a Nova Zelândia apoia fortemente a soberania e a integridade territorial da Ucrânia".
"As ações da Rússia violam o direito internacional e interrompem os esforços diplomáticos para encontrar uma solução pacífica", disse Mahuta.
Pelo contrário, o Presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, apoiou na segunda-feira o chefe de Estado russo, Vladimir Putin, no reconhecimento unilateral de Donetsk e Lugansk. No entanto, Ortega não confirmou se a Nicarágua vai também reconhecer os dois territórios.
O anúncio de Putin gerou, de forma imediata, uma onda de condenações da parte dos principais atores internacionais implicados na crise da Ucrânia e que apoiam Kiev, nomeadamente os Estados Unidos, a NATO e a UE.
Bruxelas condenou a "grave violação" do direito internacional no reconhecimento por parte do Presidente russo da independência dos territórios separatistas pró-Rússia, garantindo uma resposta ocidental "com unidade e firmeza".
Vladimir Putin ordenou a mobilização do Exército russo para "manutenção da paz" nos territórios separatistas pró-russos no leste da Ucrânia, que reconheceu como independentes.
Putin assinou dois decretos que pedem ao Ministério da Defesa russo que "as Forças Armadas da Rússia [assumam] as funções de manutenção da paz no território" das "repúblicas populares" de Donetsk e Lugansk, de acordo com a agência de notícias France-Presse.
Nos últimos dias, o clima de tensão agravou-se ainda mais perante o aumento dos confrontos entre o exército da Ucrânia e os separatistas pró-russos no leste do país, na região do Donbass, onde a guerra entre estas duas fações se prolonga desde 2014.
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