Kremlin diz que separatistas pediram ajuda à Rússia contra Kiev

Putin já tinha referido que enviaria tropas russas para o terreno em caso de necessidade.

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Notícias ao Minuto com Lusa
23/02/2022 21:17 ‧ 23/02/2022 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo

Tensão Rússia/Ucrânia

O porta-voz de Putin, Dmitry Peskov, disse hoje que os 'rebeldes' separatistas de Donetsk e Lugansk pediram apoio militar à Rússia para "repelir a agressão" do exército ucraniano. 

A declaração foi veiculada por agências de notícias estatais russas, mas este pedido de 'ajuda' já era algo esperado uma vez que o líder da autoproclamada república separatista de Donetsk, no leste da Ucrânia, já tinha admitido esta tarde pedir ajuda militar à Rússia, em caso de uma agressão ucraniana. 

Recorde-se que Putin já tinha referido que o envio de tropas russas para território ucraniano dependeria da situação no terreno tendo assumido ontem que os confrontos "continuam" e tendem a agravar-se.

Na conferência de imprensa pediu ainda o reconhecimento internacional da soberania da da Rússia sobre a Crimeia, península ucraniana que Moscovo anexou em 2014, e disse que tudo dependerá do desenvolvimento dos acontecimentos e da "situação no terreno".

O presidente russo assinou na segunda-feira dois decretos que pedem ao Ministério da Defesa russo que "as Forças Armadas da Rússia assumam as funções de manutenção da paz no território" das "repúblicas populares" de Donetsk e Lugansk, levando a fortes críticas por parte dos EUA, Reino Unido e ainda Europa.

Separatistas denunciam intensificação dos ataques

Os líderes das duas autoproclamadas províncias separatistas, de Donetsk e de Lugansk, denunciaram hoje a intensificação dos ataques das forças ucranianas contra as cidades que controlam.

De acordo com Pushilin, pela primeira vez em muito tempo, a cidade de Donetsk foi atingida por disparos de foguetes, e separatistas pró-russos em Lugansk acusaram o exército ucraniano de atacar 12 localidades, com artilharia.

As autoridades de Kiev, por sua vez, responsabilizam os separatistas pelas violações do cessar-fogo, que aumentaram consideravelmente nos últimos dias, num momento em que Moscovo ordenou a retirada de todo o pessoal diplomático do território ucraniano e que a Ucrânia determinou a mobilização de militares na reserva para reforçar o exército.

Os separatistas pró-russos apoiados por Moscovo de Donetsk e Lugansk entraram em guerra com as autoridades ucranianas em 2014, após a anexação da península da Crimeia pela Rússia.

Desde então, o conflito provocou mais de 14.000 mortos e 1,5 milhões de deslocados, segundo as Nações Unidas.   

[Notícia atualizada às 21h22]

Leia Também: Ucrânia: Líder separatista de Donetsk admite pedir ajuda militar à Rússia

 

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