O Memorial de Auschwitz condenou esta quarta-feira a invasão russa na Ucrânia, fazendo paralelos com a "passividade" que levou ao Holocausto e à criação do campo de concentração nos anos 40 pelos nazis.
Numa declaração publicada no Twitter, a conta oficial do museu afirmou que "este ato bárbaro será julgado pela história e os seus responsáveis, esperamos, pelo Tribunal Internacional de Justiça".
O Memorial, responsável pela preservação do antigo campo de concentração nazi de Auschwitz-Birkenau, na Polónia, fez duras críticas à Rússia e acrescentou que "pessoas inocentes estão a ser mortas apenas devido a uma megalomania pseudoimperial ridícula".
"Neste momento, o mundo democrático e livre tem de mostrar que aprendeu a sua lição com a passividade dos anos 30. Hoje, é claro que qualquer sintoma de indiferença é um sinal de cumplicidade", rematou o Memorial.
The Auschwitz Memorial statement on the situation in Ukraine. pic.twitter.com/RIXjm4oZas
— Auschwitz Memorial (@AuschwitzMuseum) February 24, 2022
O campo de concentração de Auschwitz-Birkenau foi o maior campo de concentração da Alemanha nazi e é o maior símbolo do Holocausto. Estima-se que tenham sido mortos no campo cerca de 1.1 milhões de pessoas, a grande maioria de etnia judaica, e muitas mais centenas de milhares foram deportados para trabalhos forçados, entre a sua abertura, em 1940, até à libertação em 1945.
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